Em nota, Liespa elenca problemas para cancelamento de desfiles do Carnaval 2018

Em nota, Liespa elenca problemas para cancelamento de desfiles do Carnaval 2018

Roubo de cabos de energia e dificuldade de encontrar parceiros para a realização do evento foram destacados

Correio do Povo

Desfile no Carnaval de 2013

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A Liga Independente da Escolas de Samba de Porto Alegre (Liespa) emitiu uma nota nesta quinta-feira sobre o cancelamento do calendário do Carnaval da Capital em 2018. "São sete décadas de carnaval em Porto Alegre e a LIESPA não se omitiria de realizar o desfile, mas em 2018 não se fará o desfile oficial competitivo, devido ao comprometimento do momento", justifica o texto sobre a decisão anunciada na quarta-feira.



Entre os problemas elencados pela liga estão a dificuldade de encontrar parceiros em tempo hábil para a realização dos desfiles, a demora na cedência do sambódromo e também as questões envolvendo a energia no Complexo Cultural do Porto Seco, já que cabos foram roubados. A situação "comprometeria a confecção do restante das alegorias na sua totalidade, ou nas suas finalizações de quem ainda não havia começada a fazer, o que traria prejuízo para o regulamento", apontou a Liespa.



O texto cita ainda decisões tomadas antes dos desfiles de 2017, quando se iniciou a busca de recursos de iniciativa privada para a realização do evento. "As mudanças na gestão da cidade, mudaram o rumo e as decisões do carnaval, interferindo de forma dura na vida dos carnavalescos, e porque não na vida daqueles que esperam pelo carnaval o ano inteiro como foliões, o carnaval é motivo de alegria, tão popular e real, agendado no calendário com letras garrafais", diz a nota, que na sequência lembra os esforços para a realização dos desfiles no ano passado.



A Liespa também explica que definição ocorreu na quarta-feira em caráter de urgência, pois envolvia contratação de serviços, o que seria arriscado em função dos passivos já existentes, e o pequeno prazo até a data programada para os desfiles, 22 e 23 de março. A decisão, então, foi tomada durante o que a liga chama de reunião final, que contou com a participação dos presidentes das escolas de samba.



Ainda na quarta-feira, em entrevista à Rádio Guaíba, o presidente da Liespa, Juarez Gutierrez falou também sobre a preservação do Carnaval. "Para não colocar em xeque a credibilidade e o respeito, tomamos a decisão, a partir do colegiado, entendemos por bem este ano da gente fazer uma participação pública sem comprometimento comercial e apenas os desfiles de todas as escolas sem o compromisso de julgamento de alegorias", afirmou.



Com o cancelamento do carnaval competitivo, será realizado um desfile performático, em via pública, entre as escolas da Série Ouro, Série Prata, Série Bronze a as tribos. O objetivo, conforme a Liespa, "é levar o maior número de escolas possíveis, para fazer uma performance em formato de escola de samba, sem desrespeitar e comprometer a cultura popular".

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