Ansiedade e explosão de alegria: torcedores assistem à vitória do Brasil no Largo Glênio Peres
Centenas de pessoas se reuniram em frente ao Mercado Público, em Porto Alegre
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Durante o confronto, o Largo Glênio Peres mais parecia uma ilha de pessoas, que já começava a se formar antes do jogo em meio a espaços vazios e estabelecimentos fechados do restante da cidade. Para torcer para a Seleção no espaço com telão montado junto ao Mercado Público, também não havia diferença alguma entre classes sociais. Trabalhadores de folga, estudantes sem aula, moradores de rua, crianças, jovens e adultos, todos vibravam no mesmo ritmo à espera do primeiro gol.
Um exemplo era trio formado pelas professoras Iara Prado, Sandra Cristaldo e Ana Dornelles. Elas vieram de Alegrete para uma assembleia do Cpers-Sindicato, que seria realizada à tarde, e aproveitaram para assistir ao jogo junto à multidão no Largo Glênio Peres. No intervalo, elas elogiaram a organização e segurança do evento, além de dizerem que acreditavam que o Brasil conseguiria abrir o placar no segundo tempo. A expectativa se confirmaria no final e seria o suficiente para fazer o público, até então apreensivo com o empate, explodir em comemorações, que tiveram direito até a fumaça verde.Finalmente, para alegria do povo, GOL DO BRASIL @correio_dopovo pic.twitter.com/l3fq6wj1NJ
— Henrique Massaro (@henriquemassaro) June 22, 2018
A vibração final, no entanto, não escondeu o que foi a aflição durante a maior parte da partida. “Nós criamos uma expectativa muito grande, mas no começo foi ruim. No final, o Tite foi feliz nas duas substituições e conseguiu fazer os dois gols. 90% já estamos nas oitavas de final”, disse Pedro Beltran. Já para Adriano Nunes, a atuação incomodou tanto que era preferível que a vitória não tivesse vindo. “Agora vai virar um oba-oba essa Seleção, Neymar vai virar craque de novo. Achava melhor ter tido um empate e eles terem mais garra. E o Geromel. No ataque, se precisar”, disse o torcedor, pedindo a entrada do zagueiro do Grêmio.
Apesar da opinião sobre a fraca atuação ser a da maioria dos presentes, o desempenho no final, para alguns, deixou uma sensação de tranquilidade. “O início do jogo preocupou bastante. O empate seria muito complicado, mas, no final, o Brasil conseguiu fazer o que deveria, que é tabelar”, comentou Caio Britto, que assistia pela primeira vez a uma partida em um espaço como o de hoje. “É só esperar passar as provas e a gente vai vir sempre”, afirmou Mateus Pescador.
Centro vazio durante o jogo do Brasil na Copa - Foto: Guilherme Almeida