4ª Noite dos Museus transforma Centro de Porto Alegre em "formigueiro do bem"

4ª Noite dos Museus transforma Centro de Porto Alegre em "formigueiro do bem"

Evento reuniu mais de 60 atrações gratuitas em 14 espaços da cidade

Luiz Gonzaga Lopes

Noite dos Museus atraiu milhares no Centro de Porto Alegre

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Milhares de pessoas circularam pelo Centro Histórico desde o cair da tarde deste sábado para aproveitar as atrações da 4ª Noite dos Museus, que se estende até a 1h da manhã de domingo e mostra mais de 60 atrações gratuitas em 14 espaços de toda a capital gaúcha, dentro de museus e na Praça da Alfândega. A principal praça do Centro viu dois grandes shows às 19h e 21h. Primeiro foi uma aula de como fazer percussão de qualidade com grandes grupos. 

As Batucas apresentaram suas músicas com muito ritmo, tocado exclusivamente por mulheres, bem próximo das gigantescas filas que se formaram diante do Memorial do RS e do Museu de Arte do Rio Grande do Sul. Depois, foi a vez da banda Samba e Amor mostras sua música suingada e romântica. As filas para entrar no Margs levam até uma hora para o paciente público que está adorando o evento. “Teríamos que ter mais vezes, pelo menos três por ano. A Praça da Alfândega é um lugar viável, só precisa de iniciativa e apoio nas questões ligadas à segurança”, destaca a professora de Yoga, Mafalda Panatieri. O jornalista Luis Bissigo e a namorada, a bibliotecária Clarice Luz, lembram que talvez no verão não teria tanto público, mas que eventos como este deveriam ter mais edições. “Uma das atrações que eu queria ver muito era o show das Batucas, que é muito bom”, observa Clarice.

Como nem tudo são flores, o contador/auditor Clenio Falkenberg, lembra que a praça de alimentação está muito bonita e iluminada, mas o caixa não consegue dar conta das enormes filas. “Sou da área do comércio. Neste tipo de evento, é preciso estar preparado para este tipo de contratempo, com um plano alternativo ou mais agilidade”, reclama. A queixa é também compartilhada pelo casal Carlos Alberto e Marta Sanchez. “Ficamos uma hora na fila para entrar no Margs, mas para a fila do caixa já acho demais”, afirma Carlos Alberto.

Também na Praça da Alfândega, uma das principais atrações foi o Varal do Noite, espaço no qual as pessoas que postaram no instagram fotos com a hashtag #varaldonoite podem ver suas fotos num varal e pegá-las para si, na proporção de uma por pessoa. “A pessoa posta a foto com a hashtag, a imagem vai para um banco de dados e de tempo em tempo vamos abastecendo até que a pessoa se reconheça e pegue”, destaca o monitor Vinicius Costa. Até as 21h, o casal de namorados Felipe Lucin e Gabriela Campelo, de 21 anos, estava esperando para ver a selfie que tiraram.

Crescimento sem perder a essência 

O diretor da produtora Rompe Cabezas, organizadora do evento, Rodrigo Nascimento, destaca que o grande desafio desta quarta edição foi que o evento crescesse, mas não se descaracterizasse. “Agregamos mais dois museus, o Centro Cultural CEEE Erico Verissimo e o Museu da Brigada Militar, deixando o eixo do Centro Histórico mais robusto”, revela. De todos os museus, o único que não tem visitação completa é a Fundação Iberê Camargo que fica aberta somente até as 22h, com liberação apenas do primeiro andar. Lá no saguão, está exposta a obra com mais de 3 metros de altura em bronze e aço chamada “Spider”, da francesa Louise Bourgeois, criada em 1996.

Além das exposições vigentes e os acervos das instituições, o público também está conferindo pocket shows, intervenções de teatro e dança, performances de slam, bate-papo e até workshop sobre culinária dentro dos museus. O roteiro cultural foi concebido por um conselho artístico formado pela equipe da produtora Rompecabezas e os consultores convidados: o gestor cultural paulistano Bruno Assami e o jornalista gaúcho Roger Lerina. Sobre o público, Rodrigo Nascimento destaca que pode bater o recorde da segunda edição, em 2017, quando 53 mil pessoas passaram pela Noite dos Museus. A primeira edição teve 16,4 mil e no ano passado, foram 20 mil pessoas, pois o evento foi prejudicado pela chuva e frio. 

 


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