A gastronomia a serviço da superação de conflitos

A gastronomia a serviço da superação de conflitos

O filme ‘Abe’ acompanha um rapaz que tem origens árabe e judia e deseja a paz na sua família

Adriana Androvandi

Noah Schnapp e Seu Jorge contracenam no filme 'Abe'

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O filme “Abe” será um dos lançamentos nos cinemas a partir desta quinta-feira, dia 5 de agosto. O protagonista, vivido por Noah Schnapp, (do seriado “Stranger Things") é um garoto de 12 anos que tem metade da família muçulmana por parte do pai e a outra metade judaica por parte da mãe. Quando a parte materna e a paterna se encontram, as discussões são inevitáveis.
Até para o nome do rapaz há diferentes versões. Seus pais o chamam de “Abraham” (em inglês). Para o lado hebraico, ele é Avraham e para o árabe, Ibrahim. O próprio prefere simplesmente Abe. 
Nem sempre comum para sua idade, o interesse do adolescente não é em games ou esportes, mas na gastronomia. Em um trabalho conjunto das produtoras brasileiras Gullane e Spray Filmes, a narrativa se passa no Brooklin (EUA). Abe caminha pelas ruas e em feiras onde há quiosques de comida de diferentes países. Em um deles, conhece o chef brasileiro Chico, interpretado por Seu Jorge, e sua equipe (que conta no elenco com Gero Camilo). O rapaz passa a frequentar o estabelecimento de alimentação do grupo e conhecer o funcionamento de uma cozinha profissional. E Chico se torna um amigo. O objetivo de Abe é aprender sobre fusão gastronômica e com isso cozinhar para a família. Sua esperança é que, através da boas receitas, possa ocorrer uma boa convivência, afinal é ao redor de uma mesa que geralmente os encontros familiares acontecem.
Esta comédia dramática tem a direção de Fernando Grostein Andrade. O microcosmo de Abe reflete uma situação geopolítica e de embate milenar. Por isso, a mensagem em busca de harmonia pode ser transposta para outras situações em que a gastronomia ajuda um personagem a melhorar a sua situação.
Não há tanto requinte como em outros filmes do gênero, como no clássico “Festa de Babette” (Dinamarca, 1987), nem a necessidade de sobrevivência como em “Estômago” (Brasil, 2008). Mas é um longa-metragem agradável de assistir. 


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