A relação afetiva é a maior força de “10 Segundos Para Vencer”, diz equipe

A relação afetiva é a maior força de “10 Segundos Para Vencer”, diz equipe

Longa foi exibido na noite dessa quinta-feira no 46º Festival de Cinema de Gramado

Lou Cardoso

A relação afetiva é a maior força de “10 Segundos Para Vencer”, diz equipe

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Apesar de ser um filme de boxe, disciplina e muitos golpes, “10 Segundos Para Vencer”, exibido no 46° Festival de Cinema de Gramado, apresentou uma afetividade muito intensa nas relações masculinas. Especialmente entre Kid (Osmar Prado) e Eder Jofre (Daniel de Oliveira), que além de serem pai e filho, também trabalharam como treinador e atleta. Segundo o ator Osmar Prado, a inspiração para o seu personagem veio através da sua infância.

"Eu usei a minha memória afetiva, justamente em decorrência disso, do conflito que eu criei com meu pai. Foi uma relação profunda de amor e ódio, de atos para fazer valer a pena o meu destino. Não que ele não tivesse razão, mas a sobrevivência falava mais alto. Eu achei que deveria seguir em frente e hoje me considero realizado na minha profissão", disse Osmar que recordou que seu pai não aceitava a ideia dele ser ator. "Tenho 60 anos de carreira, sou aposentado pelo INSS e continuo com o mesmo entusiasmo", acrescentou.

Para Daniel de Oliveira, protagonista de "10 Segundos Para Viver", a relação paterna entre Kid e Eder é o principal triunfo da história. "Além da relação pai e filho, existe a relação de afeto entre treinador e atleta. Cria-se uma relação muito afetiva. Então isso é levado na décima potência e deixa o filme muito mais bonito", afirmou.

O diretor José Alvarenga Júnior, além de mergulhar na história de Eder Jofre, se inspirou em filmes famosos de boxe como "Touro Indomável", de Martin Scorsese, para produzir o seu longa. "O esporte é coreografia e tensão. O que facilitou foi esta velocidade que os pesos galo e pena têm. Os pesos pesados dão três golpes por segundo, pelo o que a gente vê nos filmes, já os pesos pena dão sete golpes por segundo. Então esta velocidade me fez levar a câmera para o ringue e entender que o público sentiria estes golpes incessantes", declarou. "Todo mundo trabalhou em procurar esta coreografia e esta verdade. O filme de boxe não é feito somente dentro do ringue, mas o que está em volta, e a criação em cada soco", completou. 


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