Alvo de críticas por especial de Natal, Porta dos Fundos tem sede atacada no Rio

Alvo de críticas por especial de Natal, Porta dos Fundos tem sede atacada no Rio

Fachada da produtora foi atingida por coquetéis molotov

AE

Em nota, o grupo diz que o "Porta dos Fundos condena qualquer ato de violência e, por isso, já disponibilizou as imagens das câmeras de segurança para as autoridades"

publicidade

Alvo de críticas desde o lançamento do filme "A Primeira Tentação de Cristo" na Netflix, o canal Porta dos Fundos foi alvo de um atentado na madrugada desta terça-feira, no Rio de Janeiro. Localizada no Humaitá, na zona sul, a sede da produtora teve sua fachada atingida por coquetéis molotov, informou a assessoria de imprensa do grupo. O caso está sendo investigado pela 10ª DP (Botafogo), onde foi registrado como crime de explosão. Um dos seguranças conseguiu controlar o princípio de incêndio e não houve feridos. O ataque ocorreu por volta das 4h.

Em nota, o grupo diz que o "Porta dos Fundos condena qualquer ato de violência e, por isso, já disponibilizou as imagens das câmeras de segurança para as autoridades" e que espera que os responsáveis pelos ataques "sejam encontrados e punidos". O comunicado diz ainda que o programa voltará a se manifestar quando tiver mais detalhes. Seus integrantes afirmam que seguirão em frente, "mais unidos, mais fortes, mais inspirados e confiantes que o país sobreviverá a essa tormenta de ódio e o amor prevalecerá junto com a liberdade de expressão".

O especial de Natal 2019 do Porta dos Fundos tem sido criticado pela forma como retrata Jesus. Interpretado por Gregório Duvivier, ele estaria em um relacionamento com outro homem. No filme, o personagem é surpreendido por uma festa, em que é revelado que ele é filho de Deus e foi adotado por José e Maria. Um abaixo-assinado online pediu a retirada do programa da Netflix. Há ainda ações judiciais tentando fazer o mesmo. Na última quinta-feira, 19, a Justiça do Rio negou um pedido de liminar para que o especial de Natal do Porta dos Fundos fosse removido do site de streaming.

Segundo a decisão da juíza Adriana Sucena Monteiro Jara Moura, não há motivos para que a obra seja retirada do ar. Uma série de decisões semelhantes foram proferidas nos últimos dias, tanto no Rio quanto em São Paulo. Segundo a juíza, uma decisão diferente seria "inequivocamente censura decretada pelo Poder Judiciário". Logo que a polêmica teve início o ator e apresentador do grupo Fabio Porchat fez uma publicação no Twitter rebatendo as críticas à produção: "Gente, pode deixar que eu me resolvo com Deus, tá de boas, não precisa se preocupar não. Agora pode voltar a se indignar com a desigualdade que destrói nosso País. Mas tem que se indignar com o mesmo fervor, tá?", disse.

 

Mais Lidas

Guia de Programação: a grade dos canais da TV aberta desta terça-feira, dia 23 de abril de 2024

As informações são repassadas pelas emissoras de televisão e podem sofrer alteração sem aviso prévio

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895