Apresentador americano Larry King morre aos 87 anos

Apresentador americano Larry King morre aos 87 anos

Morte foi comunicada em seu perfil oficial no Twitter

AFP e Correio do Povo

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O apresentador americano Larry King morreu aos 87 anos na manhã deste sábado. A morte foi anunciada em seu perfil oficial no Twitter. A nota afirma que ele estava internado no hospital Cedars-Sinai Medical Center, em Los Angeles, mas não revela a causa do óbito. Segundo vários jornais, Larry lutada há semanas contra a covid-19. O jornalista teve vários problemas de saúde nos últimos años.

De acordo com a nota, os preparativos para o funeral  serão anunciados mais tarde com a orientação da família, "que pede sua privacidade neste momento".

King era conhecido pelo programa de entrevistas Larry King Live, transmitido pela emissora CNN, do qual esteve à frente por 25 anos. Com uma carreira de 63 anos, o apresentador acumulou experiências em plataformas de rádio, televisão e em mídias digitais, o que lhe renderam prêmios e reconhecimento global. King também chegou aos cinemas. Em 2007, ele usou sua voz para dar vida à animação Bee Movie – A História de uma Abelha. Em 2013, estreou o programa "Politicking with Larry King". 

A longa lista dos entrevistados por King inclui todos os presidentes dos Estados Unidos desde 1974, líderes como Yasser Arafat, ou Vladimir Putin, e celebridades como Frank Sinatra, Marlon Brando e Barbra Streisand. A última transmissão de "Larry King Live" foi em 2010, um programa emocionante com homenagens como, por exemplo, a do então presidente Barack Obama, que o considerava "um gigante da comunicação".

Assim que se soube da notícia de sua morte, começaram a chegar homenagens da mídia, da política e do mundo do cinema de Hollywood. 

Entrevistado por diversas ocasiões por King, o presidente russo, Vladimir Putin, saudou a memória e "grande profissionalismo" do jornalista, anunciou o Kremlin.  "O presidente sempre apreciou seu grande profissionalismo e sua autoridade jornalística indiscutível", afirmou o porta-voz do chefe de Estado russo, Dmitri Peskov, de acordo com a agência de notícias Ria Novosti. Putin elogiou seu "grande profissionalismo e autoridade jornalística inquestionável", acrescenta o comunicado do Kremlin.

A correspondente da CNN Christiane Amanpour se referiu a ele como "um gigante da comunicação e um mestre da entrevista com celebridades, ou chefes e chefas de Estado".  Ela acrescentou: "Seu nome é sinônimo de CNN e foi vital para o crescimento da rede. TODOS queriam estar no Larry King Live. Que ele descanse em paz." 

Ator de "Star Trek" George Takei destacou que King entendia "o triunfo e a fraqueza humana, igualmente", enquanto a atriz Kirstie Alley, famosa pela série "Cheers", dizia que ele era "um dos poucos apresentadores de 'talk show' que deixavam você falar".

Amor pelo rádio

Nascido Lawrence Harvey Zeiger, em 19 de novembro de 1933, em um lar humilde para imigrantes judeus russos no Brooklyn, King sempre disse que a única coisa que lhe interessava era ser locutor de rádio. Aos 23 anos, mudou-se para a Flórida em busca de trabalho. Em 1957, tornou-se DJ de uma estação de rádio de Miami, quando mudou seu sobrenome para King porque o gerente lhe disse que Zeiger era "muito étnico".

Para outra estação de rádio de Miami, gravou transmissões de um restaurante com entrevistas feitas diante do público presente. Em 1978, mudou-se para Washington para apresentar um programa de rádio noturno antes de ser detectado pela CNN.

A rede fundada em 1980 contratou King em 1985 para colocá-lo no comando de suas transmissões noturnas. "Larry King Live" foi ao ar de 1985 a 2010, seis noites por semana, com um alcance de mais de 200 países. A CNN estimou que ele realizou cerca de 30.000 entrevistas.

No auge de seu sucesso, o programa atraiu mais de um milhão de telespectadores a cada noite e fez de King a estrela da televisão por assinatura, ganhando mais de US$ 7 milhões ao ano.  Diante das críticas por ser, às vezes, muito brando com seus convidados, respondeu: "Não estou interessado em humilhá-los, não estou interessado em elogiá-los", disse ele à AFP em 1995. "Estou apenas curioso", completou.

Depois de deixar a CNN, transmitiu entrevistas em seu site e, mais tarde, apresentou o programa "Larry King Now" no Russia Today, uma rede internacional financiada pelo governo. Sua vida privada também foi única: casou-se oito vezes - duas vezes com a mesma parceira - e se divorciou oito vezes.

"Em vez de adeus, que tal até logo", disse ele, com a voz embargada pela emoção, no último programa "Larry King Live".


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