Ativista do Pussy Riot é internado com supostos sinais de envenenamento
Piotr Verzilov é um dos quatro manifestantes que invadiram o campo durante a final da Copa do Mundo
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Sua companheira, Veronika Nikulshina, disse ao jornal digital "Meduza", dirigido por Verzilov, que ele "começou a perder a visão, a fala e a mobilidade". Seus amigos relataram que a mãe do ativista tentou visitá-lo no hospital, na quarta-feira à tarde, mas os funcionários do local não permitiram, e "inclusive recusaram informar a ela o estado de saúde e o diagnóstico preliminar de Verzilov.
"No hospital, disseram a sua mãe que não tinham permissão para dar essa informação. Disseram-lhe que fosse embora e foram desrespeitosos. Falaram que ela não podia ficar ali e insistiram em que não podiam dar nenhum dado sobre seu filho até que ele mesmo assinasse a autorização", relatou o "Meduza". Os amigos do ativista denunciaram que Verzilov não pode assinar nenhuma permissão no estado em que se encontra.
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Segundo sua companheira, Verzilov começou a se sentir mal pouco depois de uma audiência em um tribunal na terça-feira. Às seis da tarde, hora local, se deitou para descansar e quando Nikulshina chegou a casa duas horas depois, Verzilov "acordou e disse que estava começando a perder a visão". "Entre as oito e as dez seu estado piorou gradualmente. Primeiro foi a visão, depois sua capacidade de fala e depois a de movimento", relatou Nikulshina ao "Meduza".
"Quando chegaram os paramédicos, ele respondeu suas perguntas e lhes afirmou que não tinha comido nada", disse Nikulshina. "Foi então que seu estado piorou rapidamente e começou a convulsionar. No caminho do hospital, na ambulância, já estava balbuciando. Caiu em um estado meio inconsciente e deixou de responder e de me reconhecer", continuou a companheira de Verzilov.
Segundo ela, os médicos não encontraram "nada de errado" inicialmente em seu diagnóstico preliminar, mas por volta de uma da madrugada "repentinamente transferiram Verzilov para a unidade de toxicologia do hospital". Os funcionários da unidade de saúde se negaram a dizer a Nikulshina que tinham diagnosticado que o ativista fora envenenado, alegando que ela era somente sua companheira e que portanto não tinha "nenhum direito" de ser informada sobre o resultado dos exames.
"O médico disse que seu estado era grave, mas que sua saúde começava a melhorar e ele já respondia seu nome", finalizou Nikulshina.