Ativistas realizam no Louvre protesto contra patrocínio de petroleira ao museu
Vestidos completamente de preto, manifestantes realizaram ato em frente ao quadro "A Balsa da Medusa"
publicidade
Doze pessoas ficaram em frente à famosa pintura de Théodore Géricault de 1819 por cerca de duas horas, cantando slogans contra o grupo petrolífero, antes de sair da área. No ano passado, o museu parisiense já havia sido palco de dois protestos semelhantes, um dos quais manchou as fontes exteriores do local com uma "maré negra".
A campanha "Vamos liberar o Louvre", lançada por um coletivo de associações, pede ao museu que ponha fim à sua parceria com a Fundação Total, em nome da luta contra a mudança climática, pois o grupo entende que a companhia é em grande parte responsável pelos gases de efeito estufa que causam o aquecimento global. "Mais e mais comunidades serão empurradas para o exílio, já que os impactos das mudanças climáticas continuam a aumentar", disse o grupo na segunda-feira.
"Como um cinturão de transmissão entre civilizações e culturas, mas também como um lugar de educação, a parceria com a Total contradiz a ambição do museu de construir pontes entre as civilizações passadas e as gerações atuais". A petroleira é uma parceira do Louvre há 20 anos. Em uma resposta enviada em janeiro de 2017 ao chefe da 350.org, o presidente do museu Jean-Luc Martinez detalhou suas ações (apoio a exposições, reformas, educação cultural, ação social), evocando um "apoio financeiro decisivo".