Atriz Judith Chemla denuncia violência doméstica cometida pelo pai de sua filha: 'Não aguento mais'

A atriz francesa Judith Chemla fez um desabafo em suas redes sociais da agressão que sofreu há um ano e dos abusos psicológicos que segue sofrendo do ex-marido, que também é pai de sua filha de 5 anos. "Não aguento mais. Eu exijo paz", disse ela.

Em julho do ano passado, segundo a revista Variety, a atriz abriu uma queixa contra o ex-parceiro Yohan Manca após uma agressão. Devido ao episódio, a artista não conseguiu participar à première em Cannes pelo filme La Traviata, Meus Irmãos e Eu - o qual ela foi a protagonista.

Um dos motivos pela ausência de Judith foi porque Manca, seu então namorado, era o diretor do longa. À época, fontes próximas disseram que ele já ficou violento publicamente e chegou a jogar um celular na cara da atriz.

Em seu relato, publicado no último domingo, dia 3, a artista relembra as agressões. "Há um ano meu rosto estava ferido, azul, roxo sob meu olho, me vi deformada. Há um ano, olhei meu rosto no espelho e soube que não podia mais esconder meu rosto. O pai da minha filha. Aqueles que são capazes de fazer isso devem estar fora de perigo. Mas como?", começou ela, em um texto compartilhado em seu perfil no Instagram.

"Não tenho vergonha dessa foto. Mas ele deveria se envergonhar, ele deveria se envergonhar hoje, um ano depois, ao invés de continuar me pressionando, de pensar que ele ainda tem condições de me manipular, ao invés de apodrecer a cabeça da minha filha, ele deveria estar envergonhado e calado, realmente querer ser perdoado. Este não é o caso." 

"Tenho tantas evidências de que ele continua tentando me prejudicar. Voltar à delegacia pela terceira vez? Apresentando uma 3ª reclamação em 1 ano? Estar na indústria cinematográfica e ter a espada de Dâmocles com uma pena de prisão suspensa de 8 meses... Não é suficiente?"

Por fim, Judith disse que o caso é complexo, pois tem uma filha pequena com o cineasta. "Eu estou exausta. O que é preciso para fazê-lo me deixar em paz? Realmente ir para a cadeia? Ele ainda vai se fazer de vítima com minha filha e ela vai sofrer por não ver o pai. Que eu guardo isso para mim? Ele ainda se sentirá acima da lei, continuará reclamando e contestando decisões judiciais com sua filha de 5 anos, que ela vê como um pai normal que ele não é. Ele continuará acreditando que é capaz de me pressionar e me intimidar moralmente. Eu não aguento mais. Eu exijo paz. Fica mais claro assim?", completou ela.