Autora carioca vence 1ª Bienal de Dramaturgia Qorpo-Santo

Autora carioca vence 1ª Bienal de Dramaturgia Qorpo-Santo

Evento pioneiro no Brasil foi realizado em Triundo, terra-natal de QS

Correio do Povo

Luiza Prado é autora, roteirista, diretora e performer

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A roteirista, diretora e performer carioca, radicada em São Paulo, Luiza Prado, foi a vencedora da 1ª Bienal de Dramaturgia Qorpo-Santo, com a obra “Ritual de separação”. A autora concorreu com mais de 110 textos de todo o Brasil, no concurso realizado na cidade de Triunfo, terra natal de Qorpo Santo, com curadoria do ator, diretor e autor Alexandre Vargas. Além de ter o texto publicado, ela ganhará um prêmio de R$ 10 mil. 

Além de estimular a produção da escrita dramática de novos autores, a iniciativa visa dar visibilidade ao dramaturgo José Joaquim de Campos Leão, o Qorpo-Santo, à cidade de Triunfo, berço do grande artista e da fundação cultural que leva seu nome. Sob a  perspectiva curatorial, envolveu quatro pontos fundamentais para a potencialização da dramaturgia contemporânea: capacitação, fomento, reflexão e conexão. O projeto artístico-pedagógico com a participação de artistas docentes brasileiros, o concurso nacional de dramaturgia, as palestras, os seminário, o masterclasses, os workshops e o lançamento da publicação do ganhador do Concurso Nacional de Dramaturgia Qorpo-Santo, compôs a programação, que contou igualmente com a presença da produção local, desde os mais experientes até jovens que começam a lançar seus trabalhos autorais.  

“A natureza dupla das atividades, dos bens e dos serviços culturais, apresentam tanto uma dimensão econômica quanto uma dimensão cultural – gerando empregos e renda, fomentando a inovação e o crescimento econômico sustentável e, ao mesmo tempo, transmitindo identidades e valores, que promovem a inclusão social e o senso de pertencimento”, menciona Alexandre Vargas

Sobre Luiza Prado 
É autora, roteirista, diretora e performer. É formada em jornalismo pela Puc-Rio, com extensão em Cinema pela NYFA e Guión Cinematográfico pela EICTV. Atualmente pós-graduanda em História da Arte pela Belas Artes. “Tudo o que há Flora” (2016-2019), sua primeira peça, ganhou o Melhor Texto pelo 6o Prêmio Botequim Cultural. “O Rio de Paixão", seu primeiro filme, venceu o Concurso de Curtas O rio que eu vejo (2013). “Fôlego Febril", seu último curta, foi contemplado no Edital Itaú Cultural e premiado na categoria Melhor Direção pelo 3o Festival de Mulheres no Cinema (2020). Publicou os livros “Ella, Estrangeira de Si” (2019), pela Editora Patuá, e “Doce-Amargas Prosas Poéticas Erráticas" (2017), pela Editora Oito e Meio. Foi artista convidada do EEInsônia, encontro de artistas independentes, com a performance “Isto não é uma Farsa // Yes, nós Temos Laranjas”, além de curadora de videoartes - ambos dentro da Artrio online (2020). No momento, integra o núcleo de cinema do Museu da Imagem e Som (MIS) na função direção, assina o texto e direção da peça “Ella, estrangeira de si” (2019-2020) e ministra três turmas do laboratório "Investigações Criativas em Tempos Suspensos" (2020).

Sobre José Joaquim Campos Leão
Professor e vereador que nasceu em 1829, em Porto Alegre, manteve uma vida pacata até atingir os 34 anos. No entanto, alterações em seu comportamento levaram-no a ser acusado na justiça de alienação. Enviado ao centro do país para exames, foi considerado apenas um homem com uma "exaltação cerebral", que o tornava um escritor compulsivo. Campos Leão passou acreditar que estava imbuído de uma missão divina, o que o convenceu a escolher o apelido de Qorpo-Santo e resolveu adotar uma reforma ortográfica própria, eliminando letras consideradas inúteis (ph, y, w e c cedilhado) e trocas (o q no lugar do x, como em seqso). Os indícios de loucura, provocaram-lhe uma atividade fulminante a ponto de produzir 17 peças. Em 1866, em apenas cinco meses, escreveu a sua dramaturgia, publicada apenas em 1877, quando Qorpo-Santo fundou uma tipografia e publicou a “Ensiqlopéida”, uma obra em nove volumes.

 


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