Carla Camurati recebe o troféu Eduardo Abelin no 47º Festival de Cinema de Gramado

Carla Camurati recebe o troféu Eduardo Abelin no 47º Festival de Cinema de Gramado

Atriz e diretora dedicou a homenagem a todas as mulheres que fazem cinema no Brasil

Adriana Androvandi

Diretora está finalizando o documentário "Histórias do nosso Tempo"

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A atriz, diretora e produtora Carla Camurati recebeu, na noite desse sábado, o troféu Eduardo Abelin no 47º Festival de Cinema de Gramado. Ao subir no palco, ela dedicou a homenagem a todas as mulheres que fazem cinema no Brasil e também ao seu filho, Antonio. Atualmente, a diretora se dedica à finalização do documentário "Histórias do nosso Tempo", que acompanha os fatos políticos do Brasil desde as Diretas Já, nos anos 80, até a atualidade. Carla recebeu o troféu das mãos do curados do Festival, Marcos Santuário.

Musa do cinema brasileiro nos anos 80, ela contou que sua passagem para a função de diretora foi natural. "Tenho uma paixão pelo cinema. Faço qualquer coisa dentro de um set".

Ela contou que quando atuava somente como atriz, gostava de chegar às filmagens com o pessoal da técnica e ficar observando a montagem dos equipamentos. "Não abandonei a carreira de atriz. Me dediquei à direção porque queria dizer certas coisas. Mas posso voltar a atuar caso apareça um papel bacana", contou. 

Além de ter aberto a produtora Copacabana Filmes, ela também esteve à frente do Teatro Municipal do Rio de Janeiro por oito anos. "Nunca quis sair do Brasil. Sempre quis ficar aqui e fazer um trabalho para que as coisas melhorassem", contou.

Sobre a situação da área cinematográfica do País, ela opina que o cinema brasileiro vive um momento muito rico. "Investir em imagem é estratégico. O mundo hoje é assim", comentou. Sobre a preocupação de cineastas quanto a mudanças na área, ela disse que prefere se ater aos fatos e não antecipar uma crise. "Estamos numa confusão. Precisamos ter calma, respirar e agir pontualmente", opinou sobre a classe dos produtores de audiovisual.

Sobre o que gosta de assistir, ela disse que ultimamente tem assistido a muitos documentários, talvez por estar se dedicando muito a eles também. Não gosta de "listas dos melhores", mas revelou que o cineasta gaúcho Jorge Furtado está entre seus prediletos.

Seus planos preveem um novo documentário sobre a relação do sagrado e o feminino. "Estou pesquisando a história das mulheres nas religiões. Acho que isso pode nos ajudar a entender muito da nossa história", disse. Ela elegeu as cinco maiores religiões do mundo para serem contempladas: Budismo, Cristianismo, Hinduísmo, Judaísmo e Islamismo.


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