Gaviões e Mocidade se juntam a Mancha e Tom Maior nas favoritas em São Paulo

Gaviões e Mocidade se juntam a Mancha e Tom Maior nas favoritas em São Paulo

Águia, Vai-Vai e Rosas de Ouro também foram destaques na segunda noite de desfiles do Grupo Especial

R7

Gaviões da Fiel trouxe o enredo A Saliva do Santo e o Veneno da Serpente

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A segunda noite de desfiles do Grupo Especial reuniu as principais campeãs do Carnaval paulistano na avenida. Mocidade Alegre e Gaviões da Fiel se juntaram a Mancha Verde e Tom Maior, destaques na madrugada de sexta para sábado, entre as favoritas para o título de 2019. A noite foi marcada por alguma falha em praticamente todas as escolas. Da mesma forma, luxo, brilho e grandiosidade das alegorias também foram pontos em comum entre as agremiações. 

Águia de Ouro, que retorna ao Grupo Especial, fez um desfile técnico, podendo se destacar na apuração. Dragões e Mocidade vieram bem, mas ambas tiveram problemas de evolução ao longo do desfile.

Exaltando o povo negro, a Vai-Vai fez um desfile emocionante, embora tenha ficado atrás das antecessoras plasticamente. A Gaviões levantou o público que estava no Anhembi e esperou até o amanhecer para ver a escola de coração. A agremiação fez uma releitura do enredo de 1994 ao falar sobre o tabaco.

Veja como foi a segunda noite de desfiles: 

Águia de Ouro

A escola se propôs a fazer uma crítica política com o enredo Brasil, eu quero falar de você! Que país é esse!?. O “protesto” da Águia de Ouro começa com a batalha entre portugueses e índios. O desfile mostrou a exploração das riquezas de nossas terras, o luxo da família real no período colonial, o período da república, a corrupção e as diferenças sociais. A bateria e o carro de som fizeram vários apagões, deixando apenas que o público sustentasse o canto.

Dragões da Real

A escola veio desvendando o tempo. A comissão de frente viajou desde os homens das cavernas até personalidades contemporâneas, como Cazuza, Guga, Gisele Bündchen e Pelé. O desfile da Dragões passeou pela forma como o homem lida com o tempo, desde os instrumentos usados como relógio até a interferência do tempo na vida moderna. Por fim, os 65 minutos que representam o desfile e a alegria do Carnaval. As alegorias com componentes coreografados foram destaque. A escola só pecou no quesito evolução, tendo que segurar o andamento na parte final do desfile, para cumprir o tempo regulamentar.

Mocidade Alegre

Contando uma lenda indígena de Ayakamaé, que deu origem ao Rio Amazonas, a escola trouxe colorido e brilho para a avenida. O enredo permitiu alegorias com criatividade, mostrando o amor entre o sol e a lua e os frutos dessa relação. Cada ala retratava uma lenda tradicional das margens do rio. A Mocidade também precisou acelerar o ritmo para encerrar seu desfile dentro do tempo. Outro problema da escola foi uma escultura de um golfinho da quarta alegoria, que cobrou ainda no início da avenida.

Vai-Vai

A escola fez uma grande exaltação ao povo negro na avenida, do passado ao futuro. A agremiação mostrou o sofrimento na escravidão, as lutas raciais e a busca por igualdade. Uma ala coreografada, que representa os negros protestando, homenageou a vereadora carioca Marielle Franco, defensora dos direitos humanos e assassinada em 2018. A quarta alegoria trouxe uma grande escultura de Barack Obama.

Rosas de Ouro

Cantando o povo armênio, a Rosas de Ouro fez o melhor desfile da agremiação dos últimos anos. A partir do genocídio, mostrado na comissão de frente, a escola apresentou o renascimento do país e de sua cultura. O desfile englobou as batalhas para o domínio do território, o predomínio da fé cristã e a cultura local, que tem até carnaval. O momento de maior aperto foi com o primeiro casal, já que o costeiro do mestre-sala caiu na pista ainda no começo do desfile. Os componentes também tiveram de ficar atentos ao relógio, já que cravaram a apresentação com 65 minutos, o máximo permitido.

Vila Maria

A escola apostou em muito dourado e amarelo para falar sobre o "Império do Sol", o Peru. Com um desfile luxuoso, a Vila Maria passou pelas riquezas do império Inca, a agricultura, a culinária e a religiosidade peruana. As alegorias se destacaram pelo tamanho, tanto na largura quanto na altura. Eram tão grandes que o último carro deixou a avenida tocando na cabine dos jurados. O desfile terminou misturando as culturas de Brasil e Peru.

Gaviões da Fiel

Última escola a desfilar e responsável por encerrar o Grupo Especial do Carnaval paulistano, a Gaviões da Fiel trouxe o enredo A Saliva do Santo e o Veneno da Serpente. O tema é uma releitura do desfile de 1994 da Fiel, que manteve o mesmo samba-enredo da época. A escola trouxe histórias e lendas envolvendo o tabaco, como por exemplo, Catarina de Médici e Santo Antão. Um dos destaques do desfile foi o quarto carro que exaltou a força e liberdade da mulher. Na parte superior da alegoria, desfilaram apenas componentes mulheres. A Gaviões encerrou o desfile com 61 minutos.


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