Porto Seco vive situação de abandono antes do Carnaval
Em pleno mês de janeiro, apenas uma escola estava com o galpão aberto nesta terça-feira
publicidade
Além dessa escola, a única outra movimentação que pôde ser percebida pela reportagem do Correio do Povo foi da Prefeitura, que foi até o local para analisar a falta de energia. Depois de analisar as subestações de energia de dentro do Complexo e do lado de fora não houve dúvidas: a fiação elétrica havia sido totalmente danificada por furtos. De acordo com o engenheiro da Divisão de Iluminação Pública (DIP) da Capital, Felipe Pires, o mesmo já havia ocorrido ano passado.
Na subestação da parte externa do Porto Seco, que abastece a da parte interna, a situação chamava a atenção. Buracos e marcas no chão mostravam, respectivamente, que o material foi arrancado e, em seguida, derretido para a extração de cobre. Apesar do espaço ser considerado pelos técnicos como perigoso devido à fiação exposta, um homem dormia dentro do local. Havia até mesmo um quadro na parede mostrando que a subestação foi transformada em moradia. Anexado à parte de trás da construção, um casebre de madeira improvisado abriga outras pessoas.
O presidente da Liga Independente das Escolas de Samba de Porto Alegre (Liespa), Juarez Gutierres, afirmou que o estado do Porto Seco já vem sendo reportado ao município há pelo menos 60 dias, mas, até o momento, nenhum posicionamento efetivo havia sido dado. “Tem que saber a solução para ontem”, resumiu o presidente, devido à proximidade do Carnaval. Procurada, a Secretaria da Cultura não se manifestou sobre o assunto.