"Causos do Santiago" será lançado na Casa de Cultura Mário Quintana

"Causos do Santiago" será lançado na Casa de Cultura Mário Quintana

Cartunista conta a sua vida em quadrinhos e fotos históricas

Luiz Gonzaga Lopes/Correio do Povo

Capa do novo livro e ilustração do próprio Santiago por Edgar Vasques

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Nos últimos três anos, o cartunista Santiago, de 62 anos, dedicou-se a um projeto inédito na carreira: contar sua história em quadrinhos, as suas recordações em forma de causos. O livro “Causos de Santiago” (Zarabatana Books) terá lançamento nesta quarta-feira, às 19h, no Mezanino da Casa de Cultura Mario Quintana (Andradas, 736) com autógrafos e bate-papo com os colegas de ofício Edgar Vasques e Cláudio Levitan.

Com prefácio de Ziraldo (que define a obra como prima, um achado!), o livro tem histórias como “Cadeiras na Calçada”, “O Jânio Renunciou”, "Subversivo" , "A Copa de 1962" e "Circo Theatro Rialto", que tratam de tempo nostálgico dos anos 60 e 70, da infância e adolescência na Santiago natal. “A partir das minhas recordações, conto os meus causos, mas o pano de fundo é histórico, falando desde a Legalidade em 1961 até histórias de personagens da infância, como o seu Oreste (cujo nome foi alterado) ou seu Polsério”, frisa Santiago, ou melhor Neltair Rebés Abreu, que com o seu traço fez história na Folha da Tarde e Correio do Povo, jornais da Caldas Júnior, de 1975 a 1982.

O livro tem muitos achados. Um deles é uma foto de Alain Delon lendo um jornal no filme "Eclipse", de Michelangelo Antonioni, de 1961, com notícias sobre o Levante no Sul do Brasil. Ou o movimento pela Legalidade de João Goulart, no causo "O Jânio Renunciou". "Sou um rato de curiosidades. Com o advento do DVD pude pausar a cena do Alain Delon lendo "Il Giornale D´Italia", com a notícia da nossa Legalidade, o heroísmo de um povo que evitou um golpe de estado", revela Santiago, que disse ter gostado da brincadeira de juntar fotos e quadrinhos num mesmo causo.

A obra é encerrada com dois causos de Mario Quintana, com traços de Santiago: "Edificante Poema Escrito em Portuñol" e "Pequena História do Primeiro Auto", este publicado originalmente na Folha da Tarde. "Mudei um pouco os traços e cores, mas a história é a mesma da chegada do primeiro auto em Alegrete ou Itaqui. O povo matou o animal que ainda deu cria, o motorista", cita Santiago.


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