Charlize Theron é criticada por comparar invasão da mídia a um "estupro"

Charlize Theron é criticada por comparar invasão da mídia a um "estupro"

Atriz foi acusada em redes sociais por banalizar a violência sexual

AFP

Charlize criou polêmica durante pré-estreia de filme

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A atriz Charlize Theron, que se encontra em Londres para promover seu novo filme "Um milhão de maneiras de pegar na pistola", gerou polêmica nesta sexta-feira na imprensa britânica e nas redes sociais ao comparar a invasão da mídia na vida pessoal a um "estupro".

Perguntada pelo canal de televisão Sky News se costumava buscar seu nome no Google para ler os comentários sobre ela, Charlize respondeu: "Eu não faço isso, é o que me salva. Quando você começa a viver neste mundo,você começa a se sentir violada. Isso atinge seu filho e sua privacidade. Há algumas coisas na minha vida que eu considero particularmente sagradas e eu sou muito protetora quanto a elas", disse a sul-africana de 38 anos, que adotou um menino em 2012.

Estes comentários causaram rebuliço entre grupos de defesa das vítimas de violência sexual e reações indignadas no Twitter. "Eu fui estuprada há sete anos, eu não me lembro de pensar 'é como ser fotografada sem maquiagem", ironizou uma jovem na rede social, acrescentando: "Sorry #Charlizetheron, mas você está enganada em dizer que a invasão da imprensa é como um estupro".

Para Katie Russell, porta-voz da associação Rape Crisis, que ajuda vítimas de estupro, "quando alguém usa o estupro como uma metáfora para questões menos graves banaliza a violência sexual".

Charlize, que ganhou um Oscar em 2004 por "Monster - Desejo assassino", viveu uma tragédia familiar em sua juventude quando sua mãe matou, em legítima defesa, seu pai alcoólatra que abusava dela. Em 1999, ela participou da campanha de seu país de origem: "os verdadeiros homens não estupram".

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