Cinema de Argentina, México e Irã entre os grandes convidados para o Festival de Veneza

Cinema de Argentina, México e Irã entre os grandes convidados para o Festival de Veneza

A 79ª edição acontece de 31 de agosto a 10 de setembro e contará com 23 filmes na disputa do Leão de Ouro

AFP

Leões de Ouro dão forma aos troféus do Festival de Cinema de Veneza

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O Festival de Cinema de Veneza celebra o 90º aniversário de sua primeira edição, com uma série de diretores e estrelas que vão do México e Argentina ao Irã e Estados Unidos para narrar o que o diretor do festival resumiu como uma janela aberta para um mundo ferido.

"Dizem que os festivais são janelas abertas para o mundo e talvez seja uma imagem da qual se abusa, mas é verdade que dessa janela somos testemunhas de coisas que não gostamos", confessou Alberto Barbera em coletiva de imprensa online , ao apresentar a lista de filmes selecionados. 

Para a 79ª edição da Mostra Veneziana, que acontece de 31 de agosto a 10 de setembro, 23 filmes foram selecionados para concorrer ao prestigioso Leão de Ouro, sendo 5 italianos e 5 franceses, dirigidos por renomados cineastas. 

Dois latino-americanos, com histórias muito diferentes, estão entre os selecionados: o aclamado e premiado mexicano Alejandro González Iñárritu, com um de seus filmes mais pessoais, "Bardo"; e o argentino Santiago Mitre, com "Argentina, 1985", sobre a histórica decisão contra as três primeiras juntas militares da ditadura (1976-1983). 

Barbera, que denunciou a prisão de importantes cineastas no Irã, também convidou Jafar Panahi para a seleção oficial, que cumpre pena de seis anos de prisão por "propaganda contra o governo iraniano", da qual participará "à revelia".  cineasta concorre com "Kherst Nist" ("Ursos não existem"). 

"Este é o quarto filme que ele faz em condições, digamos, clandestinas", disse Barbera, referindo-se a um dos representantes da chamada nova onda iraniana, premiada e elogiada inúmeras vezes na Europa.

França e Itália, sem rivalidade
A França estará particularmente representada com "Les Enfants Des Autres" de Rebecca Zlotowski com Virginie Efira; "Um casal" de Frederick Wiseman; "Les miens", um retrato de família de Roschdy Zem; "Athena", de Romain Gavras, sobre um motim nos subúrbios; e "Saint Omer", de Alice Diop, sobre infanticídio. 

A Itália também concorre com cinco filmes: "A Imensidão", de Emanuele Crialese, estrelado por Penélope Cruz; "Il signore delle formiche", de Gianni Amelio com Luigi Lo Cascio, Elio Germano, Leonardo Maltese e Sara Serraiocco; "Bones and all", de Luca Guadagnino, com elenco internacional liderado por Timothee Chalamet; "Clara" de Susanna Nicchiarelli sobre a vida de Santa Clara; L "Monica" de Andrea Pallaoro, estrelado pela atriz trans Trace Lysette. 

Fora de competição, o cineasta Paolo Virzi apresenta 'Seca' com Monica Bellucci no elenco. 

Também haverá um desfile de estrelas no tapete vermelho do Lido: Penélope Cruz lidera a lista, assim como a australiana Cate Blanchett, que interpreta uma maestrina de orquestra em "Tár", de Todd Field. 

O festival marca o retorno de Darren Aronofsky com "The whale" ("A baleia"), que é inspirado em uma peça de teatro. 

A chegada da britânica Tilda Swinton deverá lançar o filme "The Eternal Daughter" de Joanna Hogg, enquanto Colin Farrell será o protagonista de "The Banshees of Inisherin" de Martin McDonagh. 

O filme "Blonde", de Andew Dominik, que conta a vida extravagante de Marilyn Monroe, estrelado por Ana de Armas, no papel principal, certamente chamará a atenção.

O festival será aberto com o filme "White noise" de Noah Baumbach, baseado no romance do famoso escritor americano Don DeLillo. 

A argentina Laura Citarella e o chileno Fernando Guzzoni competirão na seção Horizontes, entre os mais inovadores do concurso, enquanto Carlos Eichelmann Kaiser, do México, competirá em "Horizontes Extra". 

Com o título "Viagens", o renomado cineasta italiano Gianfranco Rosi narra as missões no exterior do papa Francisco com imagens de arquivo e até da viagem que está fazendo ao Canadá para pedir desculpas aos indígenas. 

Veneza também entregará o Leão da carreira à francesa Catherine Deneuve, "a eterna diva, um verdadeiro ícone da telona", como a descreveu Barbera, ao homenagear a protagonista de "Belle de jour" do espanhol Luis Buñuel, uma das obras-primas da sétima arte.


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