Coronavírus se espalha na Coreia do Sul e grupo de K-pop BTS cancela shows

Coronavírus se espalha na Coreia do Sul e grupo de K-pop BTS cancela shows

Mais de 200.000 fãs eram esperados para as quatro apresentações no estádio que sediou os Jogos de 1988

AFP

BTS tinha quatro datas agendadas no Estádio Olímpico de Seul

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O grupo sul-coreano de K-pop BTS anunciou, nesta sexta, o cancelamento de seus shows agendados para abril em Seul, devido ao surto do novo coronavírus que se espalha pelo país. Nas últimas 24 horas, a Coreia do Sul registrou quase 600 novas infecções. A banda de sete meninos tinha quatro datas agendadas no Estádio Olímpico de Seul para promover seu último álbum, "Map of the Soul: 7". Mais de 200.000 fãs eram esperados para as quatro apresentações no estádio que sediou os Jogos de 1988, informou em comunicado a Big Hit Entertainement, que agencia a banda.

O BTS é o primeiro grupo de K-pop a alcançar o topo das vendas nos Estados Unidos e Grã Bretanha. A Big Hit Entertainement explicou que o cancelamento era "inevitável", porque "neste momento é impossível prever a magnitude da epidemia". Esse cenário gera muita incerteza logística para a organização dos shows, assim como para os espectadores, acrescentou.

"Devemos levar em conta a saúde e a segurança de centenas de milhares de espectadores e dos artistas", acrescentou. Muitas atividades culturais e esportivas foram canceladas, ou adiadas, na Coreia do Sul, em função da epidemia. Entre elas, está o Mundial de Tênis de Mesa por Equipes.

Hyundai paralisada

A retomada das aulas após as férias também foi adiada. Com 28.500 soldados estacionados na península, os Estados Unidos adiaram os exercícios militares conjuntos com seu aliado sul-coreano. A Hyundai Motor, quinta montadora do mundo, e sua subsidiária Kia suspenderam as atividades de uma de suas fábricas em Ulsan (sudeste), onde um de seus funcionários testou positivo para o coronavírus, relatou a agência de notícias sul-coreana Yonhap.

O grupo já havia suspendido sua produção há algumas semanas, devido à escassez de peças chinesas, outra consequência da epidemia. A Coreia do Sul registrou 571 novos casos, o que elevou para 2.337 o número de contaminados, o maior para um único país, depois da China. O país registra 13 óbitos até o momento.

Mais de 90% dos novos casos foram registrados em Daegu, a quarta maior cidade do país, e na província vizinha de Gyeongsang do Norte. É provável que o balanço aumente, já que as autoridades começarem a testar mais de 275.000 fiéis da Igreja Shincheonji de Jesus, localizada em Daegu. Essa seita está diretamente ligada a pelo menos metade dos casos no país.

O prefeito de Daegu, Kwon Young-jin, disse que o número total de casos na cidade pode chegar a 3.000, noticiou a agência Yonhap. Muitas estradas desta cidade de 2,5 milhões de habitantes estão desertas, e lojas e restaurantes fecharam as portas. As autoridades pedem que a população permaneça em casa, se apresentar sintomas. Por enquanto, porém, a 12ª economia mundial não contempla qualquer cordão sanitário, como a China fez com Wuhan, epicentro do novo coronavírus.

A Coreia do Sul possui um sistema médico de ponta, uma imprensa livre e uma cultura de transparência, o que explica - segundo os observadores - o alto nível de contágio. Mais de 68.000 pessoas já foram testadas.


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