Diferentes faces do cinema brasileiro entram em debate no CinePE

Diferentes faces do cinema brasileiro entram em debate no CinePE

Vencedores do festival audiovisual, que ocorre em Recife, serão conhecidos no domingo

Marcos Santuario

Edição 2019 do CinePE irá até o domingo, quando serão conhecidos os vencedores do evento

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Entra nesta quarta feira em seu terceiro dia a edição 2019 do CinePE, Festival do Audiovisual, em Recife, Pernambuco. Desde a última segunda feira, a produção audiovisual brasileira vem sendo debatida e o cinema sendo projetado na tela do evento, no Cine São Luiz.

O longa metragem de abertura desta edição foi o documentário “Frei Damião”, de Deby Brennand, que trata de parte da trajetória do religioso recontada na tela. Convidado, fora de competição, o trabalho de Deby dividiu a noite com o curta, também pernambucano, “Parto Sim”, de Kátia Mesel, mostrando a realidade das grávidas de Fernando de Noronha, que deixam a ilha aos sete meses de gestação para darem à luz na cidade de Recife.

Nessa terça, foram exibidos os primeiros filmes da mostra competitiva, com destaque para o longa metragem “Abraço”, de DF Fiuza, com Flávio Bauraqui e Giuliana Maria, que põe na tela a mobilização de professores de Sergipe em luta jurídica com o governo de seu estado por direitos adquiridos e por qualidade na educação, em meio aos dramas pessoais representados pela vida da protagonista Ana Rosa (vivida por Giuliana).

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Ainda antes da exibição dos filmes, na tarde de segunda, no Novile Suítes Executive, na praia de Boa Viagem, começaram os seminários propostos para debater questões atuais do audiovisual brasileiro. "As Demandas Iminentes por Infraestrutura Audiovisual", com Selmo Kaufman, da Agência Nacional do Cinema (Ancine), colocou na mesa dados e estatísticas relacionadas ao tema. Kaufman reforçou a necessidade de maior preocupação com as questões técnicas e estruturais do universo audiovisual brasileiro. Engenheiro de formação, une a paixão pelo cinema com um olhar crítico sobre a temática da estrutura e da técnica para avançar a outros patamares de produção, distribuição e exibição.

Também na terça, a temática de debates foi "Aspectos Técnicos e Políticos do Reconhecimento do Viés Econômico da Cultura", com o economista e ex-secretário do Audiovisual Alfredo Bertini. Economista e Ex-Secretário Nacional do Audiovisual e da Infraestrutura Cultural do Ministério da Cultura, Bertini apresentou dados e defendeu que fazer a Cultura acontecer não representa um exercício de mero diletantismo. “É um ofício econômico, que mobiliza recursos, gera empregos e rendas, algo capaz de contribuir efetivamente para o desenvolvimento econômico do país", enfatiza.

Já nesta quarta feira os debates seguem com o seminário “ A Importância do Ensino Técnico para o Norte, Nordeste e Centro Oeste”, com Pedro Henrique Peixoto (CTAv) e Eduardo Cavalcanti (Uninassau). Entre as exibições de hoje, no Cine São Luiz, estão o longa carioca “Vidas Descartáveis”, documentário de Alexandre Valenti e Alberto Graça; e os curtas gaúchos “A Pedra”, de Iuli Gerbase, e “Apneia”, de Carol Sakura e Walkir Fernandes. O CinePE segue até domingo, quando acontece a entrega dos Prêmios aos vencedores desta edição.


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