Diretor de documentário rebate família de Michael Jackson
"Leaving Neverland" renova acusações de pedofilia contra o cantor
publicidade
"Isso é um documentário de quatro horas de um documentarista experiente com um longo histórico de investigações e contando histórias complexas, e esta é uma história complexa", disse Reed em entrevista ao site The Hollywood Reporter. "Então eu diria que é sem dúvida um documentário. Qualquer pessoa com algum conhecimento desta forma reconheceria um documentário", afirmou em resposta aos que dizem que o filme se tratava de um "tabloide de fofoca".
"Se você assiste, você irá notar que é uma história sobre essas duas famílias e Jackson é um elemento dessa história, mas eu não procuro caracterizá-lo de forma alguma. Não é um filme sobre Michael... O filme em si é um relato de abuso sexual, como o abuso sexual acontece e como as conseqüências se manifestam mais tarde na vida", defende o cineasta.
Lançado na última sexta-feira no festival de Sundance, o documentário mostra relatos detalhados de Wade Robson e James Safechuck, que teriam sido abusados sexualmente por Jackson quando tinham sete e 10 anos, respectivamente. Ainda em vida, o rei do pop foi investigado pelas acusações, entretanto as duas ações foram desconsideradas por assuntos técnicos.
Na mesma entrevista, o diretor afirma que as críticas seriam feitas para proteger "um bem muito precioso". "Toda vez que uma música toca, uma caixa registradora faz 'ding-ding'. Não me surpreende que eles saiam lutando em defesa de seus ativos", disse. "Wade e James não foram pagos de forma alguma, direta ou indiretamente", salientou Reed.
"A era #MeToo começou durante a realização do filme, e tem havido uma mudança radical na forma como enxergamos as vítimas de agressão sexual, e espero que este filme aprofunde e alargue isso para meninos e homens, vítimas de abuso infantil", afirmou o diretor ao dizer que espera poder educar as pessoas sobre como o abuso sexual infantil acontece.