Dirigido por brasileiro, documentário "Meu Amigo Fela" estreia em Porto Alegre nesta quinta

Dirigido por brasileiro, documentário "Meu Amigo Fela" estreia em Porto Alegre nesta quinta

Filme entra em cartaz no CineBancários e fica até 13 de novembro

Correio do Povo

Documentário retrata a trajetória do músico Fela Kuti

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O documentário musical "Meu Amigo Fela" estreia, nesta quinta-feira, no CineBancários (rua Gen. Câmara, 424), na sessão das 15h, em Porto Alegre. O longa é dirigido pelo brasileiro Joel Zito Araújo, responsável por "A Negação do Brasil" e "As Filhas do Vento", e já percorreu festivais no Brasil e no exterior. 

O documentário faz uma nova perspectiva sobre o músico Fela Kuti, nascido na Nigéria em 1938 e que estudou música em Londres. Ele foi criador do afrobeat e se tornou um dos maiores nomes da música africana. 

O filme acompanha a complexidade de sua vida, desvendada através dos olhos e conversas de seu amigo íntimo e biógrafo oficial, o africano-cubano Carlos Moore. Kuti faleceu em agosto de 1997 em decorrência de uma complicação devido ao vírus HIV.

Segundo o diretor, a intenção do filme não é ser celebrativo, mas mostrar lados do cantor que poucos conhecem. "A minha tentativa de contar a história de um gênio musical, chamado Fela Kuti, foi a de que, apesar do seu grande sucesso internacional, ele passou despercebido no Brasil, e encarando de frente seu lado de sombra e as tragédias que abateram o seu espírito guerreiro", afirmou.

Dez anos até a conclusão do longa

O diretor levou dez anos na produção de "Meu Amigo Fela". O período entre filmagens, montagem, a longa negociação por seus direitos de imagem e de música até o lançamento foram quatro anos. "Esse filme me tomou muito tempo, desde o momento que resolvi contar esta história e busquei patrocínio no Brasil. Além de ser a história de um rebelde e iconoclasta negro, era a história de um africano pouco conhecido por aqui", avaliou.

Foi o próprio biógrafo de Fela, Carlos Moore, que tomou a iniciativa de procurar Joel para sugerir o filme. "Confesso que o momento chave em que me encantei, foi ao ler a biografia escrita por Carlos Moore e perceber que tinha muita coisa para ser contada além dos documentários existentes. Especialmente, o pan-africanismo e o lado trágico da última parte da vida de Fela, evitada pelos outros filmes", comentou Araújo.

Prêmio 

"Meu Amigo Fela” ganhou o Prêmio Paul Robeson, como o Melhor Filme realizado fora da África no Festival Panafricano de Cinema e Televisão de Ouagadougou (Fespaco) de Burkina Faso, que é o maior festival de cinema africano, realizado a cada dois anos. O longa está indicado para disputar o Oscar Africano. 

Confira o trailer


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