Dustin Hoffman e Costa Gavras na tela

Dustin Hoffman e Costa Gavras na tela

"Jogo de Poder" e "O Labirinto" são duas das principais estreias desta quinta-feira nos cinemas

Marcos Santuario

‘O Labirinto’, com Dustin Hoffman é um inteligente suspense com um toque de terror ao estilo noir

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D ois grandes nomes do cinema mundial ganham as telonas a partir desta quinta-feira. Uma das estreias nos cinemas, a partir de hoje, é a do suspense de terror “O Labirinto”, dirigido pelo aclamado escritor italiano Donato Carrisi, que partiu de sua obra “L’uomo del labirinto”, para criar esse filme capaz de envolver do início ao fim. Com uma estética instigante, traz no elenco Valentina Bellè, Vinicio Marchioni e também os atores já consagrados Dustin Hoffman, ganhador de dois Oscar de melhor ator (“Kramer vs Kramer”, de 1980; e “Rain Man”, de 1989), e Toni Servillo, melhor ator europeu por “Grande Beleza”, de 2013. Na trama, Bruno Genko, vivido por um Servillo mais envelhecido faz o papel de um misterioso detetive particular que tem seus dias contados por um diagnóstico médico: dois meses de vida. Sem desejar dar spoiler, vale saber que, quando o filme começa, esse tempo já passou e ele não morreu. Vive um paradoxo: na sobrevida ganha ele passa a investigar o caso pendente do desaparecimento de uma jovem sequestrada quando ia à escola e, 15 anos depois, acorda numa cama de hospital sem memória. É quando surge o personagem do Dr. Green, vivido por um Dustin Hoffman generoso e algo dissimulado. Como analista da jovem, promete resgatar o passado dela e ajudar a capturar o “monstro” que a sequestrou.

A inspiração para produzir “O Labirinto” veio para Carrisi a partir do inferno do escritor Dante Alighieri, com seus diversos círculos. O tal labirinto da trama surge mesmo como sendo uma descida ao submundo por lugares que tratam de refletir a obra do poeta. Tem o Limbo, representado pelo Departamento de Pessoas Desaparecidas; o círculo da luxúria, habitado pela prostituta albina, única pessoa por quem Genko se preocupa; e o oitavo círculo, o Labirinto, com suas armadilhas e seus truques. O resultado é um filme ao estilo noir, com cores, música e a visceralidade da latinidade italiana das personagens e da trama. Isso tudo em quase duas horas que merecem toda atenção.

Outra novidade nos cinemas a partir de hoje é de um realizador conhecido por seu cinema político, o cineasta grego CostaGavras. Realizador de “Estado de Sítio” e “Missing: O Desaparecido”, Palma de Ouro e Oscar de roteiro adaptado, ele volta ao seu país para tratar da crise da dívida da Grécia em 2015, com “Jogo do Poder”. Trata-se do primeiro filme do diretor sobre sua terra natal desde “Z”, de 1969. O roteiro parte do livro de memórias do ex-ministro das Finanças Yanis Varoufakis, “Adultos na Sala: Minha Batalha Contra o Establishment”, personagem central no longa.

Também chega às telas “O Empregado e o Patrão”, coprodução entre Argentina, Brasil, França e Uruguai. Este drama com suspense tem direção de Manuel Nieto, com elenco formado por Nahuel Perez Biscayart, Justina Bustos e Jean Pierre Noher. Na trama, o patrão tem tudo garantido na vida, exceto uma preocupação premente: a saúde frágil de seu bebê. Paralelo a isso, o empregado busca sustento para sua filha recém nascida e aceita uma oferta para trabalhar nas terras do patrão. Uma tragédia em corrida de cavalos coloca em risco o destino das duas famílias.


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