Espetáculo com Pedro Delgado trata de assuntos sérios sob o prisma do humor

Espetáculo com Pedro Delgado trata de assuntos sérios sob o prisma do humor

“Alta Terapia - A comédia da felicidade” aborda o histórico do ator que conviveu muitos anos com síndrome do pânico

Vera Pinto

Na atração, Pedro Delgado sobe ao palco com o ator Fernando Russowsky e o baterista Nan Santos

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Um homem atormentado pela ansiedade e outros transtornos compulsivos obsessivos, com alta capacidade imaginativa é o protagonista de “Alta Terapia - A comédia da felicidade”, trabalho autobiográfico de Pedro Delgado, que conviveu por muitos anos com a síndrome do pânico. Dividindo o palco com o ator Fernando Russowsky e o baterista Nan Santos, trata de assuntos sérios sob o prisma do humor em Porto Alegre, de hoje a domingo, 20h, na Sala Álvaro Moreyra (Erico Verissimo, 307). 

Ivan é o alter ego do autor e diretor, que já teve medo de fazer xixi por achar que estava dormindo e poderia urinar na cama e parou de falar com as pessoas pela hipótese de estar louco. Pedro Delgado recorda da primeira crise de pânico, aos dez anos, quando morava no interior gaúcho: “Estávamos capinando a lavoura, e meu irmão estipulou um prazo de três dias, e na ocasião botei na cabeça que não estaria vivo”, afirma.

Desde então, a doença se manifestou de diversas formas: foi criando doenças fictícias, acreditou estar perdendo a sanidade e desenvolvendo medos, como de sair na rua e parar de respirar.“Eu não falava para ninguém, vivi isto sozinho, o que me levou à depressão, cheguei a ficar de cama”, conta.

Identificação

Quando viu na televisão a entrevista da atriz Maria Mariana sobre o assunto, e de um psiquiatra, viu o quanto é bom ouvir pessoas que já passaram pelo que ele estava vivendo. Ao falar para sua mãe, foi aconselhado a procurar um médico para o problema, que atingiu o auge há aproximadamente 15 anos.Neste processo, ele já teve que descer do ônibus por sentir que iria lhe faltar o ar. “Mesmo hoje, para escrever o espetáculo, é difícil, por ter que mexer nos lixos que ficaram para trás”, diz Pedro, que hoje consegue rir das situações passadas. 

Pelo Porto Verão Alegre, o artista também participou de “Censuradas”, na qual assina texto e direção; “Os Homens do Triângulo Rosa”, com atuação, no último fim de semana e “O que os Homens Pensam que as Mulheres Pensam”, concebida por ele e em cartaz de 11 a 13 de fevereiro, no Teatro do Sesc. 


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