Espetáculo "Tocar Paraíso" é atração em Porto Alegre a partir desta sexta

Espetáculo "Tocar Paraíso" é atração em Porto Alegre a partir desta sexta

Apresentação, com base no texto do dramaturgo Thomas Köck, ficará na Capital até o dia 30

Correio do Povo

Apresentação terá três narrativas diferentes

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A partir da seleção no Projeto Transit 2019, do Instituto Goethe, no final de 2018, a Cia. Espaço em Branco, do diretor João de Ricardo, passou a ensaiar exaustivamente para criar “Tocar Paraíso”, espetáculo com base no texto do dramaturgo austríaco Thomas Köck, que entra em temporada nesta sexta em Porto Alegre, às 20h, no Teatro do Goethe-Institut (24 de Outubro, 112) e segue até 30 de junho, de sextas a domingos, sempre às 20h. 

Conforme o diretor, o texto aponta três histórias: a de um filho que visita o pai agonizante na UTI com a pele toda queimada; a de um grupo de pessoas de classe média num trem que estão atrasados e sempre brigando; e a de um casal de mulheres chinesas que trabalha numa linha de montagem de pilhas de lítio e vai para a Europa ser ainda mais escravizada. “Nos primeiros ensaios e leituras, com o palco livre, procuramos criar a partir do texto e das nossas referências, tentando fazer uma montagem desalienante que identifique os símbolos da exploração, da colonização cultural”, revela João de Ricardo. 

No elenco da montagem, estão Anildo Böes, Eduardo d’Avila, Evelyn Ligocki, Fernanda Carvalho Leite e Iandra Cattani e o próprio João de Ricardo. “No trem de alta velocidade, o autor indica que há um condutor, que é cantante. Parece que ele queria que o diretor se colocasse no papel deste maestro e foi o que fiz”, observa.

O espetáculo tem o som ao vivo de Daniel Roitman (eletrônicos) e Rodrigo Fernandez (piano). “Para aliviar um pouco a dureza e o trágico deste texto que fala de exploração, dos imigrantes, daqueles que ficam expostos, compusemos uma montagem que tem muito de musical”, destaca a atriz Evelyn Ligocki. 

O texto de Köck admite o absurdo do teatro frente à vida, sua incapacidade de realmente mudar alguma coisa. Lançando mão de distintas possibilidades de estruturação da escrita para a cena, o autor passa do lírico ao dramático e ao épico, para contar histórias atravessadas por trens. A tradução para o português é de Christine Höhrig.

Confira entrevista com o diretor e uma das atrizes de "Tocar Paraíso":


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