Estreia de Minions, ‘Carro Rei’ e ‘A Colmeia’

Uma dose de diversidade nos cinemas pode ser conferida a partir de hoje. Entre as novidades está a franquia mundial de animação com a história da origem do supervilão e de como conheceu seus icônicos Minions. “Minions 2: A Origem de Gru” leva a audiência aos anos 1970, em uma produção que vem repleta de ação e aquela boa dose do “humor subversivo” característico da animação. Para dirigir a produção foram reunidos Kyle Balda, de “Meu Malvado Favorito 3”; Brad Ableson, de “Os Simpsons”; e Jonathan del Val, de “Pets - A Vida Secreta dos Bichos”. Vale atenção à dublagem inconfundível de Pierre Coffin para os Minions e uma trilha sonora matadora dos anos 1970, que remete ao lendário produtor musical vencedor do Grammy, Jack Antonoff. 

“Minions 2: A Origem de Gru” traz um elenco poderoso com Vicious 6, Taraji P. Henson sendo a líder descolada e confiante Belle Bottom, cujo cinto de correntes funciona como um globo de discoteca letal; Jean-Claude Van Damme como o niilista Jean Clawed, armado com uma garra robótica gigante; Lucy Lawless é Nunchuck, cujo hábito de freira esconde seus mortais bastões nun-chuck; Dolph Lundgren como campeão sueco de patins Svengeance, que elimina seus inimigos com chutes giratórios de seus patins afiados; e Danny Trejo vivendo Stronghold, cujas mãos de ferro gigantes ameaçam os outros e são um fardo para ele próprio. 

Além da animação dos Minions, as salas de cinema se abrem também para produções brasileiras de destaque. Uma delas é a grande vencedora do Festival de Gramado 2021, com os Kikitos de Melhor Filme, Melhor Direção de Arte, Melhor Som, Melhor Trilha Sonora, e também do Prêmio Especial do Júri. “Carro Rei”, dirigido por Renata Pinheiro, tem uma memorável atuação de Matheus Nachtergaele, que foi aplaudido na estreia mundial do filme no prestigiado Festival de Roterdã - 2021, e também na estreia nacional no 49º Festival de Cinema de Gramado, no mesmo ano.

“Carro Rei” é uma fábula sobre a condição humana num mundo cada vez mais “antinatural e tecnológico”. O estranhamento, o improvável e o bizarro são elementos que compõem sua trama “trans-humanística”. Se misturam na tela, dentro de uma narrativa Pop, Sci-Fi, comédia e uma dose importante de crítica social. Na trama, o jovem Uno, vivido por Luciano Pedro Jr. consegue se comunicar com carros, tendo nascido dentro de um deles. No meio da sua existência um evento trágico muda o seu destino: um acidente mata a mãe de Uno e o carro é exilado no ferro-velho da família.

A outra novidade brasileira nas telonas nasceu gaúcha e também já cruzou fronteiras. Trata-se de “A Colmeia”, segundo longa do talentoso Gilson Vargas. No centro da narrativa um grupo de imigrantes alemães vive isolado no interior do sul do Brasil, tentando ser invisíveis. Uma adolescente que se sente oprimida no lugar luta para fugir, é traída pelo irmão gêmeo e acaba tendo destino sombrio e diferente do que esperava. Vencedor de cinco Kikitos na mostra gaúcha do 49º Festival de Gramado, também levou o prêmio de Melhor longa estrangeiro do Festival de Zaragoza.