Exposição apresenta obras de Wilson Tibério

Exposição apresenta obras de Wilson Tibério

O evento marca o retorno das atividades da Pinacoteca Aldo Locatelli

Autorretrato do pintor Wilson Tibério

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A mostra "Arte+ Biografia – Tibério no Plural", com obras de Wilson Tibério (1916-2005), inaugura, nesta sexta-feira, em uma atividade da Coordenação de Artes Plásticas (CAP) da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre. A exposição marca o retorno das atividades da Pinacoteca Aldo Locatelli (Praça Montevidéu, 10 – Paço dos Açorianos, Centro Histórico) e estará aberta de segundas a sextas-feiras, das 13h30 às 17h, até 26 de fevereiro de 2021. A mostra também poderá ser conferida virtualmente através do Facebook da CAP - www.facebook.com/artesplasticaspoa. A atividade integra as ações da SMC em alusão ao Dia da Consciência Negra.

Alguns nomes fundamentais para compreensão da história da arte moderna ainda permanecem completamente desconhecidos do grande público. É o caso de Wilson Tibério (1916-2005), pintor negro de origem humilde, que desenvolveu uma trajetória com marcantes passagens pelo Rio de Janeiro, Paris e por diversos países do continente africano. Na mostra, serão trabalhados alguns aspectos da vida deste notável porto-alegrense, contextualizados com obras de outros artistas pertencentes aos acervos da Pinacoteca Aldo Locatelli e da Pinacoteca Ruben Berta. Esta escolha decorreu da pouca presença de trabalhos de Wilson Tibério em Porto Alegre. Até o momento foram localizados um autorretrato na Pinacoteca Barão de Santo Ângelo, uma cena de interior na Pinacoteca Aldo Locatelli e uma aquarela em coleção particular. Participam ainda da mostra os artistas contemporâneos Leandro Machado e Gustavo Assarian, cujas recentes produções demonstram uma série de continuidades e aprofundamentos das temáticas abordadas de forma pioneira por Wilson Tibério desde a década de 1940.

BIOGRAFIA - Wilson Tibério nasceu em Porto Alegre em 1916. Filho de um ferreiro e uma costureira,  morreu em Paris em 2005. Com cerca de 18 anos, havia partido para o Rio de janeiro onde frequentou a Escola Nacional de Belas Artes. Acabou saindo do Brasil em 1940, como bolsista do governo francês, logo ensejando uma carreira permeada por lances extraordinários como viagens à África que lhe valeram sucessivas expulsões por suas simpatias revolucionárias e pelo engajamento nos movimentos anticoloniais da década de 1960. Sempre preocupado com questões sociais e tomado pela ânsia em registrar a cultura e a identidade negra, viveu profissionalmente como pintor e escultor, expondo em mostras como a que ocorreu na Galerie Henri Tronchet em 1951 (juntamente com Picasso), ou ainda a que aconteceu na Galerie Cecile B. (entre 1998 e 1999). Na mostra realizada no Paço dos Açorianos serão apresentadas três pinturas do artista pertencentes a Pinacoteca Barão de Santo Ângelo da UFRGS, a Pinacoteca Aldo Locatelli e a uma coleção particular.


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