Exposição “Brancos Plenos, Pretos Abismais” chega ao Margs em Porto Alegre

Exposição “Brancos Plenos, Pretos Abismais” chega ao Margs em Porto Alegre

Com autoria de Maria do Carmo Carvalho, mostra contém 60 obras entre gravuras e pinturas

Correio do Povo

Exposição ficará disponível para visitação até o dia 7 de junho

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Sessenta obras entre gravuras, pinturas e técnicas mistas, com destaque para gravuras em metal com inspiração expressionista e abstrata, assinadas pela artista paulista Maria do Carmo Carvalho, podem ser conferidas em Porto Alegre na exposição “Brancos Plenos, Pretos Abismais”, com abertura nesta terça-feira, às 19h, no Margs (Praça da Alfândega, s/n°). A curadoria é da crítica Caroline Carrion. 

A artista ganhou reconhecimento por sua produção em gravura, especialmente em metal, envolvida com pesquisa de linguagem e de luz e cor. Segundo a curadora, Maria do Carmo desenvolveu uma ampla pesquisa pictórica, marcada pelo interesse pela cor e por uma ousada pesquisa de materiais.

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“A artista desloca essas obras para outro campo: o da arte feminista das últimas décadas do século 20. Ao utilizar linhas de costura, filtros de café, gaze e tinta acrílica, ela transfigura e revê o universo doméstico. Como para muitas artistas de sua geração, o uso de materiais tradicionalmente pertencentes ao universo feminino possui um caráter duplo de praticidade e de valorização desse universo”, reflete a curadora. Maria do Carmo diz que constrói imagens sem se referir a uma situação real, mas partindo dela como pretexto”. 

Duas séries dividem o mesmo ambiente. A “Brancos Plenos”, com trabalhos brancos que valorizam elementos do universo feminino, e os “Pretos Abismais”, com uma artista confortável com materiais e uma estética que poderia ser considerada masculina: “estética pela qual se move com a liberdade de quem se encontra em terreno comum aberto e igualitário”, descreve a curadora. 

A terceira série é chamada “Recortes”, na qual traz o desejo escultórico da artista. Neste segmento, ela explora o papel kraft. O papel irregular é manuseado por ela de forma livre, com recortes e sobreposições. Suas obras são exercícios de exploração do espaço, trazendo para o mundo as formas antes confinadas a suas gravuras e pinturas. Essa materialização se dá sem necessidade de romper com a bidimensionalidade. A exposição poderá ser conferida até dia 7 de julho. 


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