Exposição de obras de Flávio Scholles na Bublitz Galeria de Arte

Exposição de obras de Flávio Scholles na Bublitz Galeria de Arte

Com o título "Os Quadros que falam", mostra pode ser visitada até 10 de maio

O artista gaúcho Flávio Scholles tem ateliê em Morro Reuter

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“Os Quadros que falam”, do artista gaúcho Flávio Scholles, abre a programação 2021 da Bublitz Galeria de Arte (av. Neusa Goulart Brizola, 143) neste sábado. Suas obras tratam de temas como a colonização alemã, o êxodo, a cidade e suas origens. Na mostra, estão 23 quadros em diferentes estilos, que representam a trajetória do artista, que tem seu ateliê em Morro Reuter. Visitação pode ser feita pelo link virtual.galeriabublitz.com.br ou presencialmente (conforme protocolo) até 10 de maio.

“Os quadros que falam contêm os primeiros sinais para uma nova comunicação com o universo, por causa do novo, na arte e na cultura. Nas situações da colônia, meu estilo é expressionista. Nas de êxodo, picassiano, por causa da influência do místico negro. Nas situações da cidade, com a vinda dos americanos, a optical art”, resume Sholles.

O artista já realizou duas exposições individuais, em 1995 e 1998, e participou de três coletivas na Bublitz Galeria de Arte, em 2011, 2014 e 2018. Em “Quadros que falam”, sua efervescência artística está representada em obras que expressam a colheita, as moças do interior, a crítica social, com as construções populares, e até uma obra criada já no contexto da pandemia, em 2020: o “Semeador em Tempo de Covid-19”.

Livro e documentário
A vasta obra de Scholles está retratada no livro “Quadros que falam”, da editora Um Cultural, lançada em 2014, sob a coordenação de Daniel Henz e Ralf Cardoso. Com 488 páginas e produzida em cinco línguas, português, inglês, alemão, russo e mandarim, a publicação é uma verdadeira obra de arte, que não só é um registro histórico do artista, mas também um dos mais belos livros do gênero já produzidos no país.

Sua trajetória também foi transformada em documentário em 2016: “Scholles – Sementes de Cor”, da diretora Rejane Zilles. Durante o período da exposição, será possível acessar o filme no link: www.youtube.com/user/Zillesprod. O média-metragem de 28 minutos mostra o atelier do artista, suas obras, a influência da região e do contexto histórico em suas criações e faz uma ponte com o pintor Cândido Portinari, em Brodowski, no interior de São Paulo, uma de suas influências “Eu e Flávio temos uma história de vida com pontos em comum. Nascemos neste mesmo povoado alemão, e embora sejamos de gerações diferentes, aprendemos a falar português somente quando chegamos à escola – cada um na sua época e vivemos nossa infância na colônia. Depois de trilharmos nosso caminho pessoal e profissional, voltamos às origens para registrar em quadros e filmes a vida desta aldeia”, destaca Rejane. Em sua obra, Scholles cumpriu o dito de Tostói: “se queres ser universal, fala da tua aldeia”.


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