Favorito ao Oscar de Melhor Filme, "1917" estreia nesta quinta-feira

Favorito ao Oscar de Melhor Filme, "1917" estreia nesta quinta-feira

Filme gravado em plano sequência é dirigido por Sam Mendes

Marcos Santuario

O tempo da missão dos soldados é o próprio tempo do filme: 117 minutos

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O PGA Awards 2020, do Sindicato dos Produtores de Hollywood, premiou na noite do último sábado o drama de guerra “1917”, dirigido por Sam Mendes, como Melhor Filme. Com a vitória na categoria longa-metragem, o  longa que estreia hoje nos cinemas, desponta como o favorito para levar o Oscar de Melhor Filme este ano (já ganhou também o Globo de Ouro no início do mês). Estas premiações prévias ao Oscar servem como termômetro, pois muitos membros pertencem às mesmas entidades eleitoras. 

O filme “1917” retrata um dia na vida de dois soldados, durante a I Guerra Mundial. A dupla recebe ordens aparentemente impossíveis de cumprir. Em uma corrida contra o tempo, eles precisam atravessar o território inimigo e entregar uma mensagem que pode salvar 1,6 mil de seus companheiros. Será que chegam ao final e conseguem cumprir a tarefa? Você só saberá isso no último momento da trama. 

Para contar esta estória e envolver o espectador, Sam Mendes (que já foi aplaudido por obras como “Beleza Americana” e “Estrada para a Perdição”), contou com a direção de fotografia do competentíssimo Roger Deakins, com quem já havia trabalhado em “007 Skyfall”.

A parceria renovada confere ao atual filme momentos de uma plasticidade realista e impactante. Ainda que os fatos de “1917” sejam fictícios, ocorrem em um contexto em que se tornam completamente verossímeis, com um cenário marcado pela linha de combate dos ingleses contra os alemães, em terras francesas. O tempo da missão dos soldados é o próprio tempo do filme, 117 minutos, com o uso do que se convenciona chamar “plano sequência”. A câmera é ligada no início e desligada no final da ação, sem cortes nem edições.

Tecnologia contemporânea

A tecnologia contemporânea joga a favor de cineastas como Sam Mendes, ao propor esta forma de filmar. E um de seus maiores méritos, no caso de “1917” é fazê-lo, em sua quase totalidade, em cenários externos. Para familiarizar-se com a técnica, vale que o espectador conheça outros exemplos como o fez Alfred Hitchcock, em 1948, no filme “Festim Diabólico”.

Na ocasião, o mestre do suspense filmou dentro de quatro paredes, mas já deu um exemplo da possibilidade de engajar o público com um foco que parece não descolar do centro da trama. De Jeferson De (em “Broder”), até Alejandro Gonzalez Iñarritu (em “Birdman”) passando pelo “Ainda Orangotangos”, produção do cineasta gaúcho Gustavo Spolidoro, de 2007, outros diretores também o fizeram e fazem. No Brasil e no exterior. Hoje, em longas e curtas metragens.Por isso a possibilidade de entender o ousado e elogiável trabalho realizado em “1917”.

A quantidade de figurantes também possibilita a grandeza das cenas. No elenco estão George MacKay, Dean-Charles Chapman, Mark Strong, Andrew Scott, Richard Madden, Claire Duburc, Colin Firth e Benedict Cumberbatch. Estes dois últimos em cenas curtas mas definidoras. Uma no início e outra no final do filme. Para quem gosta de cinema, não só de guerra.

Confira com mais detalhes os filmes que entram em cartaz nesta quinta-feira:


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