Ciclo de leituras de William Shakespeare integra hoje programação da Feira do Livro

Ciclo de leituras de William Shakespeare integra hoje programação da Feira do Livro

No Margs, sete atuadores lerão a peça "A Tempestade", escrita pelo dramaturgo por volta de 1610

Correio do Povo

Ideia do projeto é democratizar as obras de Shakespeare

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A obra do poeta e dramaturgo inglês William Shakespeare ganha espaço nesta quinta-feira no auditório do Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (Margs), com o projeto Shakespereanas - Ciclo de Leituras dramáticas de William Shakespeareans.

Na apresentação desta quinta-feira, integrante da programação da 65ª Feira do Livro de Porto Alegre, sete atuadores (denominados assim por não se tratarem de atores profissionais) lerão a peça “A Tempestade”, escrita por Shakespeare por volta de 1610 e reputada como uma de suas últimas criações. A direção do repertório é do criador do projeto, o ator e diretor Joel Garcia. “A ideia do projeto é democratizar a obra de Shakespeare, aproximando o espectador deste universo”, diz.

O espetáculo tem em torno de uma hora e exige, de acordo com Garcia, um trabalho de edição “preciso, quase cirúrgico”. O diretor lembra que as obras de Shakespeare contemplam, muitas vezes, 30 ou 40 atores, e podem se estender por horas. “O desafio de compactar uma peça e adaptar para sete atores é enorme. O risco também, se errar, é a execução da minha carreira de modo não menos que sumária”, destaca. 

Leitura pelo Rio Grande do Sul

O projeto inicial de “Shakespeareanas” tem caráter itinerante. Prevê a realização dos ciclos de leituras dramáticas em dez cidades gaúchas - Porto Alegre, Novo Hamburgo, Dois Irmãos, Gramado, Canela, Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Pelotas, Santa Maria e Passo Fundo.

Para integrar a comunidade, o elenco será escolhido entre pessoas que se candidatem em cada local. “Nossa intenção é levar uma atividade cultural diferenciada e fomentar o hábito da leitura. Vivemos num país onde as pessoas lêem pouco, e que em certa medida têm dificuldade de compreensão. Por isso democratizar Shakespeare é tão importante”, afirma. 

Para financiar o projeto, Joel Garcia abriu no site da plataforma Kicante a “Vaquinha do Bardo”, ativa até 12 de novembro e que já chegou a 53% da meta de arrecadação.


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