Psicanálise predomina no feriado da Feira do Livro

Psicanálise predomina no feriado da Feira do Livro

Contardo Calligaris e Maria Homem são estrelas da mesa "Afinal, o que quer uma Mulher?", nesta segunda à noite

Psicanalista Contardo Calligaris estará em mesa da Feira, nesta segunda à noite

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A programação da 66ª Feira do Livro de Porto Alegre prevê para esta segunda-feira, atividades ligadas à literatura digital e à psicanálise. Com transmissão pelo site da Feira pelo www.feiradolivropoa.com.br, tem lugar das 14h às 15h30min, a palestra "Descobrindo a Literatura Digital", direcionada a adolescentes e jovens com a escritora Ana Mello. Mais tarde, às 19h30min, a principal atração é a mesa “Afinal, o que quer uma Mulher?, com os psicanalistas Maria Homem, Contardo Calligaris e Lucia Serrano Pereira. No debate, estarão as questões de gênero, sexualidade, maternidade e feminismo. Do questionamento de Freud, passando pelas bruxas, ciência e chegando ao desejo feminino. 

O primeiro final de semana da 66ª Feira do Livro de Porto Alegre foi basnte ibérico, com duas autoras de grande expressão em Portugal e Espanha, Inês Pedrosa e Rosa Montero, além da grande escritora e pesquisadora mineira Conceição Evaristo. Na tarde de sábado, os escritores Emir Rossoni e Renata Wolff conduziram a mesa com Rosa Montero, de “A Louca da Casa”. A jornalista e escritora espanhola que nunca havia participado da Feira destacou que escreve “para poder iluminar um pouco a escuridão, iluminar nossos fantasmas. Eu não escolho os temas. Os temas escolhem a gente, assim como os sonhos. Quando você termina de escrever um livro, você deve ter aprendido coisas, se não aprendeu, não valeu a pena”. 


No fim da tarde de sábado e início da noite, Conceição Evaristo conversou com o patrono da Feira, Jeferson Tenório, e com a escritora Natália Polesso. Sobre a pandemia e a escrita, Conceição lembrou que ficou três meses paralisada, confinada, sem sair para colocar o lixo para fora de casa. “No quarto mês, escrevi um conto para a revista Piauí, mas tenho me considerado estéril neste período. Acho que a literatura é a válvula de escape ideal para o momento. As pessoam têm lido mais e eu pretendo escrever ensaios sobre autoras mais jovens que vêm escrevendo bastante e muito bem”. Sábado à noite, Inês Pedrosa, de “Fazes-me Falta” falou com a ex-patrona Jane Tutikian. Contou sobre a sua predileção pelo Brasil, país que gostaria de morar e suas autoras mulheres, desde Clarice Lispector e Carolina Maria de Jesus até contemporâneas como Carola Saavedra e a gaúcha Cíntia Moscovich. 
 


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