Sem praça de alimentação, Feira do Livro começa a ganhar forma

Sem praça de alimentação, Feira do Livro começa a ganhar forma

Evento ocorre de 1° a 17 de novembro na Praça da Alfândega 

Franceli Stefani

Feira do Livro é considerado referência no País por seu caráter democrático e pela consistência do trabalho

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Nesta segunda começaram a chegar as estruturas que abrigarão a 65ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre, que ocorre de 1º a 17 de novembro, no coração da Capital. De acordo com o engenheiro responsável pela montagem, Eduardo Bergallo, os trabalhos de estruturas devem iniciar entre esta terça e quarta-feira.

Para deixar tudo pronto até novembro, pouco a pouco o número de trabalhadores irá aumentando. "Na fase inicial serão cerca de 10 pessoas. Até sexta-feira deveremos ter 50. Na última semana deveremos ter cerca de 400, isso porque envolve desde a montagem de barraca, sinalização, até internet e rede elétrica", ressaltou. 

O mau tempo não deverá prejudicar os primeiros dias de chegada e início da estruturação da feira. "Se for fraca como a desta segunda-feira, não tem problema. O uso da capa de chuva já protege e não impede a ação. O problema é só se for torrencial", frisou.

Bergallo disse que a estrutura utilizada durante o Congresso de Arquitetura, que ocorreu na última semana, permanecerá. Na manhã dessa segunda, as equipes trabalhavam na retirada de alguns estandes. "É menos de 1/3 do que precisamos, a partir do que temos, aumentaremos. Só de espaço coberto teremos 5.400m²", detalhou o engenheiro. 

A Feira do Livro ocupará uma área total de oito mil metros quadrados. Neste ano, a atração contará com 106 expositores, sendo 86 na área geral e outros 13 na área infantil, juvenil e internacional.

Durante a manhã e tarde, Bergallo ressaltou que os esforços foram concentrados na montagem da área administrativa no Memorial do Rio Grande do Sul. "Usamos todo o térreo e há muita coisa para estruturamos. As lonas são, relativamente, rápidas. Em questão de uma semana está tudo montado. Vamos trabalhar forte após a chegada do material, a empresa responsável é de Sapiranga, no Vale do Sinos", contou. 

Edição não terá praça de alimentação

A estrutura é gigantesca. É uma cidade dentro do Centro de Porto Alegre. São cerca de 50 quilômetros de cabos para deixar tudo operando e, somente nos corredores, serão utilizadas mais de 200 lâmpadas.

Conforme ele, não há grandes novidades estruturais, se comparado ao evento do último ano. O responsável disse que devido a obra no Centro Cultural da Caixa, na Rua da Praia, não haverá a praça de alimentação. "Como é uma licitação, uma obra federal, não havia como pedirmos qualquer espécie de adiamento. Ano passado tivemos porque ela estava parada", ponderou. 

A área infantil ficará em frente ao prédio do Memorial do Rio Grande do Sul. "Deveremos finalizar a estrutura um dia antes da programação oficial, são muitos detalhes e acabamentos, além daquelas coisas que não dependem da gente, que é mais burocracia. Até o dia 31 de outubro deveremos finalizar", afirmou. 

A Feira do Livro, inaugurada em 1955, foi criada por iniciativa dos livreiros e editores gaúchos com apoio do jornalista Say Marques, diretor-secretário do Diário de Notícias. O evento é considerado referência no País por seu caráter democrático e pela consistência do trabalho que desenvolve na área da formação de leitores e de mediadores da leitura, além de programação cultural 100% gratuita. 

Centenas de escritores, ilustradores, contadores de histórias e outros profissionais participam do evento, que conta com sessões de autógrafos, mesas-redondas, oficinas, palestras e programações artísticas, entre outras atividades.


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