Festival de Cinema em Cartagena recebe longas brasileiros

Festival de Cinema em Cartagena recebe longas brasileiros

Reconhecido como mais antigo da América Latina, evento chega a sua 59ª edição

Marcos Santuário

Michael Shannon é um dos homenageados nesta edição do Festival Internacional de Cinema em Cartagena

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Ano passado, o 58º FICCI homenageou importantes nomes da cinematografia mundial. A atriz Tilda Swinton, de origem escocesa de filmes como “As Crônicas de Nárnia” e “O Curioso Caso de Benjamin Button”, encantou os que a estávamos acompanhando em Cartagena. Articulada e com presença de espírito, verteu sua experiência cinematográfica, mesclada a uma humildade cativante, ao falar sobre sua carreira e sobre a exigente arte de atuar. Foi aplaudida efusivamente na masterclass que realizou e ao subir no palco para receber a homenagem do Festival. Outro homenageado foi o também ator norte-americano Owen Wilson, o homem de papéis cômicos e dramáticos de Hollywood, além da atriz espanhola Maribel Verdú e do diretor francês Bruno Dumont.

Este ano, em sua 59ª edição Cartagena homenageia dois outros grandes nomes do cinema contemporâneo: o ator Michael Shannon e o diretor Ethan Cohen. Shannon, que conta com duas indicações ao Oscar e com 26 anos de carreira artística, é hoje um dos atores de teatro, cinema e televisão mais importantes dos EUA. Carrega 91 títulos de filmes em seu currículo, estando ao lado de nomes como Kate Winslet, Leonardo DiCaprio, Bill Murray, Will Smith, Tom Cruise, Kevin Spacey, entre outros. Seu talento já foi posto a prova por diretores como Oliver Stone, Michael Bay, Sam Mendes e Guillermo del Toro, entre outros. “O Abrigo” (do original “Take Shelter”, de 2011), dirigido por Jeff Nichols, com o qual ganhou oito prêmios das 25 indicações que teve como Melhor Ator, e “99 Casas” (“99 Homes”), de 2015, dirigido por Rami Bahrani (produção ganhadora do Festival de Veneza, pela qual também recebeu seis prêmios, entre mais de 20 indicações) são os filmes que o 59º FICCI escolheu exibir este ano para homenagear o ator.

O outro homenageado principal, o diretor Ethan Coen, formado em Filosofia na Universidade de Princeton, começou a trabalhar com seu irmão escrevendo roteiros. Na década de 80, o irmão Joel era assistente de produção e de montagem em filmes de terror de Sam Raimi como “The Evil Dead” (1981). Foi aí que Ethan começou a escrever para a série policial “Cagney & Lacey”. A parceria dos irmãos segue e, desde “Blood Simple” (1984) até “A Balada de Buster Scruggs” (2018 - disponível na Netflix), a figura da parceria tem sido exitosa. Sua carreira mostra um peculiar estilo narrativo, em produções cuja ironia, o lúgubre e certa violência combinam de forma ímpar. Com “No Country for Old Men” (2007) os irmãos receberam Oscar de Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Direção; além de conquistar o Globo de Ouro de Melhor Roteiro e o prêmio de Melhor Diretor no Bafta, o Oscar inglês. Com “Fargo” (1996), seu maior sucesso de bilheteria, também receberam vários prêmios. A homenagem no 59º FICCI será realizada em meio a exibição de “Fargo” e “No Country for Old Man”.

No total foram 2.400 filmes, de 62 países inscritos para o Festival deste ano. Restaram 85 na seleção oficial. Entre as mudanças, nesta que é a primeira com direção artística de Felipe Aljure, cineasta e gestor cultural, desaparecem as sessões de competição, ficando 26 mostras, divididas por formatos e nacionalidades.


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