Garçom famoso em Porto Alegre lança autobiografia hoje
Dinarte Valentini virou uma figura emblemática ao atuar no Bar do Beto
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Quando o garçom Dinarte Valentini, de 49 anos, pediu a saideira do Bar do Beto para servir à Justiça e ao Direito, a noite de Porto Alegre perdeu uma figura emblemática mas o dia ganhou um combativo profissional do setor jurídico. E para marcar essa virada de capítulo, ele decidiu compartilhar em detalhes a sua trajetória em uma longa entrevista ao jornalista e pesquisador Marcello Campos. O resultado está no livro-depoimento “De Bandeja – A História de Dinarte Valentini” (Arvoredo Books, 123p.), cujo lançamento será nesta terça-feira, 18h, no Bar do Beto (Venâncio Aires, 876).
O cardápio tem prato principal de recheio generoso em idealismo, dedicação, persistência e camaradagem, temperados pela visão bem-humorada e sensível da vida. Na cobertura, histórias testemunhadas ou mesmo protagonizadas por um sujeito que reúne vários personagens em um só. Na sobremesa, 130 depoimentos de colegas, fregueses, amigos e familiares e muitos nomes famosos da música como Renato Borghetti, Raul Ellwanger e Luís Carlos Borges, entre outros. As vivências de Dinarte estão no livro, em textos e imagens: o guri arteiro de Encantado, o rapaz assustado em Porto Alegre, o aprendiz das madrugadas, o “psicólogo” da noite, o estudante incansável, o advogado combativo, o marido apaixonado, o pai amoroso, o amigo incondicional. Um homem de sorriso largo, mente aberta e coração pronto ao abraço.
“Ele carimbou a sua figurinha no álbum de tipos populares da cidade”, conta Marcello Campos, que engrossa sua lista de biografados que inclui Lupicínio Rodrigues e Norberto Baldauf. “Boa parte do caminho que eu percorri não deixa de ser um resumo das alegrias e dificuldades de uma rapaziada que sai do Interior em busca de oportunidades na Capital”, diz Dinarte.