Grandes nomes do jazz se apresentam em Canoas neste final de semana

De manifesto enraizado na comunidade negra ao elemento cultural, o jazz se consolidou com um dos mais marcantes estilos na indústria fonográfica. O som marcante do trombone, da trompa e do saxofone atravessou gerações e desembarca na quinta edição do Canoas Jazz, que tem o objetivo de democratizar o movimento surgido em Nova Orleans no início do século de 20. Para isso, o Parque Municipal Getúlio Vargas (Dona Rafaela, 700), também conhecido como Capão do Corvo, recebe neste final de semana quatro atrações musicais. As apresentações começam às 19h, e a entrada é gratuita.

A noite de sábado contará com duas formações argentinas. O sexteto Escalandrum, liderado pelo baterista Daniel Piazzolla, abre a programação apresentando o álbum “Piazzolla plays Piazzolla”. Depois, Dolores Solá e Acho Estol, do grupo “La Chicana”, sobem ao palco para fazer o lançamento mundial do disco “La Pampa Grande”. O evento ainda terá participação de Arthur de Faria, Giovanni Berti, Luiz Carlos Borges, Hique Gomez e Antonio Villeroy, apresentando canções como "Romaria" (Renato Teixeira), "Dois Mil e Um" (Rita Lee e Tom Zé), e "Valsa para uma Menininha" (Vinicius de Moraes e Toquinho).

Já a programação de domingo começa com show do quinteto gaúcho Jazz 6. Com o escritor Luis Fernando Verissimo no sax alto, o grupo surpreende pelo improviso e desenvoltura ao mesclar o estilo jazzístico ao balanço brasileiro. O encerramento fica por conta do conjunto vocal masculino sul-africano “Ladysmith Black Mambazo”, que fará sua primeira apresentação no Rio Grande do Sul. Criado no início da década de 1960 por Joseph Shabalala, o grupo tem propagado a cultura de seu país com ritmos e harmonias à capella tradicionais da cultura local.