Homenagens em atividades virtuais

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Ocupação Chiquinha Gonzaga é exibida pelo Itaú Cultural, e obra de Antunes Filho pelo Sesc SP

A compositora Chiquinha Gonzaga é tema de uma exposição no Itaú Cultural

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O Itaú Cultural abre nesta quarta-feira a “Ocupação Chiquinha Gonzaga”, que resgata a história de Francisca Edwiges Neves Gonzaga (1847-1935) entre documentos, partituras, capas, objetos, fotos e conteúdo musical e audiovisual biográfico. Além de mergulhar na vida e obra da compositora, pianista e primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil, irá abordar sua afrodescendência, quase eliminada pelas práticas do racismo estrutural. Em cartaz até 23 de maio, tem curadoria dos Núcleos de Comunicação e Música da instituição, pela cantora Juçara Marçal e Edinha Diniz, biógrafa da compositora. As visitas on-line começam no dia 5 de março, mas o agendamento está aberto, pelo www.itaucultural.org.br. 

Uma das peças originais mais simbólicas da exposição é o broche de ouro com pauta musical das primeiras notas da valsa “Walkyria”, composta em 1884, para a opereta “A Corte na Roça”. O objeto, hoje pertencente ao acervo do Museu da República, foi oferecido a ela em 1885 por críticos teatrais e virou seu adereço habitual. Serão 120 itens, como as partituras de “Ó Abre Alas”, a primeira marcha de Carnaval do país, composta em 1899 e “A Corte na Roça”, primeira partitura de teatro escrita por uma mulher no país, além de documentos da época, objetos, capas e fotos. E cinco audiovisuais, com textos biográficos da escritora e dramaturga Maria Shu, que trazem Chiquinha contando trechos de sua vida. A homenageada era mulher negra, filha de pai branco e mãe “parda liberta”, que nasceu na transição da Monarquia para o Império, viu a implantação da República e formatou sua personalidade talentosa e transgressora. Abolicionista, lutou pela libertação dos escravizados. Enfrentou o conservadorismo da época e tornou-se compositora e maestrina, quando a carreira feminina era vista com maus olhos. Casou-se uma vez, mas viveu três diferentes relacionamentos amorosos, antes de existir o divórcio. Sua trajetória perpassa momentos da história brasileira, como a proibição do tráfico internacional de escravizados; Lei do Ventre Livre e Lei Áurea. 

Às 11h30min, será lançada edição especial da série em áudio “Aproximações Pedagógicas: a Formação do Ator”, do Centro de Pesquisa Teatral do Sesc SP (CPT), pelo sesc.digital.com.br. O tema será o CPT e os métodos criados por Antunes Filho, em entrevistas com ex-alunos, como o seu assistente, o ator, diretor, produtor e professor Emerson Danesi; o diretor Maucir Campanholi; a atriz Ondina Castilho e a gerente do Sesc Consolação, Mariângela Abbatepaulo. Os áudios trazem trechos de entrevistas gravadas com o encenador e descrevem seus métodos e a busca pela criação e aperfeiçoamento do trabalho do ator. O episódio é um "bônus prévia" para a segunda temporada de podcasts, que estreia no fim de março. Após explorar as principais escolas de artes cênicas de São Paulo, a série abordará as transformações do país, do teatro brasileiro e dos processos de ensino, a profissionalização de artistas e técnicos, as mudanças nas universidades e no entendimento sobre formação artística, além do surgimento de coletivos teatrais. A série do Sesc tem direção de Eliane Leme, pesquisa, roteiro e apresentação de Mariana Delfini e fica disponível no site da instituição.


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