Irmãos acusados de atacar Jussie Smollett processam advogado do ator por difamação

Irmãos acusados de atacar Jussie Smollett processam advogado do ator por difamação

Abel e Ola Osundairo afirmam que falsas acusações os prejudicaram tanto emocional quanto economicamente

Correio do Povo

Ator foi preso, mas solto posteriormente sob fiança

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Os dois irmãos que alegam que Jussie Smollett os pagou para ajudar a encenar o que a polícia considerou um ataque "fraudulento" entraram com uma ação de difamação na terça-feira contra os advogados do ator da série "Empire". Abel e Ola Osundairo acusam Mark Geragos e Tina Glandian de fazer declarações públicas falsas sobre eles, o que os prejudicou tanto emocional quanto economicamente. No dia 29 de janeiro, o artista afirmou que dois homens encapuzados o agrediram durante a noite no e proferiram insultos racistas e homofóbicos. Em um primeiro momento também disse à polícia que os criminosos jogaram cloro e amarraram uma corda em seu pescoço.

• Leia mais sobre o caso Jussie Smollett

A advogada dos Osundairos, Gloria Schmidt, reconheceu que eles participaram ativamente do golpe, mas não estiveram na ligação ou nas mentiras  fitas à polícia. Ela citou o o próprio Smollett em uma coletiva de imprensa para defender seus clientes. "Nunca serei o homem a quem isso não aconteceu. Eu mudei para sempre", falou em referência a uma entrevista que o ator havia dado ao programa "Good Morning America", da ABC News, ​​em fevereiro. "Agora eles podem dizer a mesma declaração. Minha cidade, meu departamento de polícia e meus clientes merecem ter sua reputação restabelecida", afirmou Gloria, que também criticou Geragos e Glandian por proferirem "declarações falsas e de retórica odiosa" contra os irmãos.

"É por isso que hoje estamos agindo em um tribunal federal. Queremos acabar com esses ataques maliciosos e garantir que os responsáveis por continuar destruindo a reputação do Departamento de Polícia de Chicago e Abel e Ola Osundairo sejam responsabilizados", avaliou. "Os irmãos de Chicago disseram a verdade. Eles poderiam ter permanecido em silêncio, mas contaram a verdade à polícia e, com a mão direita no ar (sob juramento), disseram a verdade ao grande júri", completou. Ela ainda disse que eles foram "solicitados a fazer algo por um amigo em quem confiavam, e mais tarde esse amigo traiu sua confiança".

Em uma declaração lida duran a conferência de imprensa, os irmãos disseram: "Nós nos sentamos e assistimos à mentira após de mentir ser fabricada sobre nós na mídia, para que uma grande mentira pudesse continuar a ter vida. Essas mentiras estão destruindo nosso caráter e nossa reputação e nossa vida pessoal e profissional. Quem nos conhece pessoalmente sabe que não temos ódio por ninguém. Não é quem somos. Tentamos espalhar amor e positividade para todos com quem entramos em contato. Não vamos mais nos sentar de volta e permitir que essas mentiras continuem".

O caso

Em janeiro de 2019, Smollett foi hospitalizado após sofrer um ataque supostamente racista e homofóbico. No decorrer das investigações, a polícia levantou a suspeita de que o ator teria contratado dois homens para encenar a agressão, porque estava insatisfeito com seu salário e era cotado para deixar a série "Empire". A iniciativa seria uma forma de gerar uma comoção. O artista afirmou à polícia que os supostos agressores gritaram "Este é o país MAGA", uma referência ao slogan "Make America Great Again" do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Mas os detetives começaram a suspeitar da versão quando interrogaram dois homens que teriam revelado que foram contratados para encenar o incidente. O canal de televisão WBBM de Chicago informou que os dois suspeitos iniciais, Ola e Abel Osundario, afirmaram que Smollett estava irritado porque uma carta com ameaças que havia recebido nos estúdios de Chicago onde "Empire" é filmada não recebeu atenção suficiente.

Smollet acabou sendo preso, mas foi liberado após pagar uma fiança de 300 mil dólares (aproximadamente R$ 1 milhão). A polícia de Chicago indiciou o ator por 16 crimes sob a acusação de falsa denúncia às autoridades, mas as acusações foram retiradas pela promotoria e seu histórico foi limpo.  Por conta da polêmica, o personagem Jamal Lyon, interpretado pelo ator, foi cortado dos dois últimos episódios da trama para evitar "transtornos adicionais" no set de filmagem da produção. Desde o início, Smollett alega inocência do caso.


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