Juiz dos EUA adverte novos advogados de Weinstein de possível conflito de interesse

Juiz dos EUA adverte novos advogados de Weinstein de possível conflito de interesse

Um dos profissionais já defendeu a atriz Rose McGowan, uma das 10 acusadoras do produtor

AFP

Próxima audiência está marcada para 7 de março

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Um juiz aceitou nesta sexta-feira a mudança de advogados solicitada pelo ex-produtor de Hollywood Harvey Weinstein, acusado de agressões sexuais em Nova Iorque, mas impôs restrições pois, recentemente, um deles representou uma das acusadoras. O juiz James Burke validou a saída de Ben Brafman, que havia defendido Weinstein até agora, e aceitou a sua substituição por outros famosos advogados, José Baez e Ronald Sullivan.

De qualquer forma, advertiu que irá impor limitações para evitar conflitos de interesse devido ao fato de um dos advogados ter defendido a atriz Rose McGowan, uma das 10 mulheres que acusou Weinstein de agressão sexual em outubro de 2017, em um caso à parte sobre posse de cocaína. Burke recordou que a atriz acusou Harvey de esconder cocaína em sua bolsa e que o ex-produtor havia mencionado essas acusações em e-mails. O magistrado disse que se a atriz for chamada para testemunhar pela acusação durante o processo contra Weinstein, os advogados não poderão usar a informação que tiveram nesse caso.

O ex-produtor de 66 anos respondeu: "Sim, senhor", quando o juiz perguntou a ele se desejava manter os advogados. Os próprios letrados confirmaram que estavam conscientes destas restrições. "Este caso é uma prova à presunção de inocência", declarou Baez na saída do tribunal. "Ele deveria ter o direito à mesma presunção que todo mundo", acrescentou.

Uma questão-chave da preparação do julgamento é saber quem serão as mulheres autorizadas a testemunhar contra Weinstein. Mais de 80 mulheres o acusaram publicamente de agressões e assédio sexual, entre elas celebridades como Ashley Judd e Angelina Jolie. Em Nova Iorque, ele é acusado de duas agressões sexuais - um sexo oral forçado e um estupro - que supostamente teria cometido contra duas mulheres em 2006 e 2013. O julgamento tem previsão de início em maio. A próxima audiência está marcada para 7 de março.

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