Lançado edital para shows virtuais

Lançado edital para shows virtuais

Após reunião com a classe artística, mediada pela Assembleia Legislativa, projeto está aberto

Correio do Povo

Presidente da AL, deputado Ernani Polo, media reunião entre bancos públicos do Rio Grande do Sul e músicos

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O Banrisul lança edital público de seleção para o patrocínio de shows on-line, em tempo real, no montante de aproximadamente R$ 700 mil, que contemplará até 200 lives. Cada apresentação terá 1 hora de duração e valor fixo de R$ 3,5 mil, devendo ser realizada entre 14 de agosto e 31 de outubro, com transmissão via Youtube, Instagram ou Facebook do proponente. As inscrições devem ser feitas no site www.banrisul.com.br/patrocinios, de hoje até o próximo dia 1º de julho.
Podem participar cantor, músico, grupo de cantores ou bandas de música e de baile, acompanhados ou não de instrumentistas, em local providenciado pelo proponente, em data e horário que considerar de melhor audiência junto ao seu público. Serão no mínimo, dez vagas para projetos inscritos em cada uma das regiões do RS: Alto Uruguai, Centro, Fronteira, Leste, Noroeste, Serra, Sul e Capital (Porto Alegre). 
Cada inscrito poderá participar apenas com um projeto, para que a iniciativa contemple o máximo de produções culturais e alcance o maior número de artistas gaúchos possível. O objetivo é incentivar as manifestações culturais do segmento musical, que tem utilizado cada vez mais as redes sociais neste momento de pandemia, como forma de conexão entre as pessoas.
A decisão foi tomada após reunião virtual com a classe artística, coordenada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Ernani Polo (PP), com a participação dos deputados Gerson Burmann e Luiz Marenco (PDT), Zilá Breitenbach (PSDB), Zé Nunes (PT), o cantor César Oliveira, adido cultural da música gaúcha e Paparico Bacchi (PL); além do vice-presidente do BRDE, Luiz Noronha; da presidente do Badesul, Jeanette Lontra e do diretor do Banrisul, Osvaldo Lobo Pires. Na ocasião Bachhi, que atuou no segmento por 25 anos, defendeu a criação de uma linha de crédito específica para os músicos, com carência de dois anos e juros baixos. Mesmo destacando a necessidade de atenção especial, Noronha ponderou que a informalidade dificulta a concessão de crédito e sugeriu a criação de um fundo pelas instituições públicas. Já Lontra disse estar buscando alternativas, se associando ao Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), do Banco do Brasil, como uma das possibilidades de oferta de crédito. Um novo encontro para continuar a interlocução da classe artística com os bancos será marcado em breve.
Vocalista da Banda Rota Luminosa e ex-integrante de Os Atuais, de Tucunduva, Marconi Voss falou em nome da União das Bandas de Baile. O músico relatou que o Estado tem cerca de 2 mil bandas de baile e grupos de música regionalista, que geram 40 mil empregos diretos, mas que apenas 300 ou 400 têm CNPJ (registro como empresa), o que dificulta a comprovação de renda e garantias para a obtenção de crédito junto aos bancos. Lê Vargas, do Tchê Guri, complementou que a classe é empreendedora e que sempre “viveu às suas custas”, mas devido ao cancelamento de eventos, shows e espetáculos, as dificuldades são grandes. “Dizem que as microempresas não duram 23 dias sem faturamento. Nós já estamos há 90 dias assim”, lamentou.


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