Lançamento do ‘MOBILE’ hoje

Lançamento do ‘MOBILE’ hoje

A rede de entidades e coletivos que atuam na defesa e promoção da liberdade de expressão cultural no Brasil promove evento no bar Ocidente

Correio do Povo

Nesta sexta-feira (10), acontece no bar Ocidente o lançamento do MOBILE

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Nesta sexta-feira (10), acontece no bar Ocidente (Osvaldo Aranha, 960) o lançamento do Movimento Brasileiro Integrado pela Liberdade de Expressão Artística (MOBILE). O é considerado o Dia Internacional dos Direitos Humanos e o evento contará com a participação de diversos nomes da cena artística. O lançamento inicia às 18h e a entrada é gratuita.

O MOBILE é  uma rede de entidades e coletivos que atuam na defesa e promoção da liberdade de expressão cultural no Brasil. A plataforma surge como uma reação ao quadro crescente de censura e autoritarismo contra o setor cultural brasileira nos últimos anos. Neste cenário, organizações ligadas aos campos das artes, da comunicação e dos direitos humanos uniram-se em torno de uma estratégia em comum, que visa denunciar casos de censura e cerceamento coletados e analisados por uma metodologia própria. Através do mecanismo, o MOBILE também visibiliza e denuncia esses casos em órgãos internacionais de direitos humanos e liberdade de expressão.

O lançamento contará com uma roda de conversa sobre a censura às artes no Brasil, com a presença de profissionais da cultura como o curador Gaudêncio Fidelis, a artista visual Zoravia Bettiol; a cantora Valéria Barcellos, a educadora Esther Grossi e o Grupo Cerco de Teatro. O ator e diretor Wagner Moura também participará com um depoimento online. Na ocasião, o rapper Rafuagi, fundador do Museu do Hip-Hop, lançará seu livro sobre Hip Hop, juventude de periferia e direitos humanos. 

O movimento é uma iniciativa das organizações Artigo 19, 342 Artes, LAUT - Centro de análise da liberdade e do autoritarismo, Rede Liberdade, Movimento Artigo Quinto e Mídia NINJA, com apoio da Samambaia Filantropia. O bar Ocidente e o Nonada Jornalismo participam como co-organizadores do lançamento em Porto Alegre.

Segundo Denise Dora, advogada e diretora do Artigo 19, os casos de censura constatados pelo mapeamento indicam que o cerceamento à liberdade artística no país é um fenômeno organizado e estruturado, uma vez que as violações não são pontuais e desconexas entre si. “É uma ação sistemática desenvolvida contra a liberdade de expressão artística e os direitos culturais no Brasil, que tem gerado censura e padrões de violações de direitos humanos a alvos preferenciais como os artistas e grupos culturais negros, indígenas, LGBTQIA+ e de mulheres”, explica.

Entre as ações desenvolvidas pela plataforma, estão o monitoramento das violações à liberdade artística e cultural no país, a criação de um registro público que dê visibilidade a essas violações e a criação de materiais de referência para pesquisa e advocacy na área. Qualquer trabalhador da cultura pode enviar denúncias relativas a censura e violações de direitos humanos ao movimento. As denúncias integram o Mapa da Censura, que pode ser visualizado no site. Para enviar um relato, acesse este link.


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