Loop Discos lança “Mundo Novo” de Flu & Amigos

Loop Discos lança “Mundo Novo” de Flu & Amigos

Novo álbum estará disponível hoje, nas redes sociais da Loop Reclame

Músico mostra um mundo mais sincero, empático e maluco no novo trabalho

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“Mundo Novo” é o álbum que Flu lança nesta sexta-feira, pela Loop Discos, onde mostra um olhar de um mundo mais sincero, empático, maluco, através de várias músicas com características diferentes. Acompanhado de seus amigos Marcelo Fornazier,  Luciano Granja e Calcanha, o trabalho tem capa assinada pela artista plástica Érica Maradona e título pertinente aos dias que estamos vivendo, em plena pandemia.  Ele pode ser acessado no Facebook e Instagram da loop Reclame.

Baixista da banda gaúcha Defalla no período clássico dos dois primeiros discos, Flu nos anos 90 montou um estúdio com o parceiro Marcelo Fornazier e começou a delinear uma carreira solo. De lá pra cá, lançou "... e a Alegria Continua", "No Flu do Mundo"  e "Rocks". Atualmente participa do trio Só Amor, com Carlinhos Carneiro e Chico Bretanha, remontou a banda Atahualpa y us Panquis, e ainda participa da Orquestra da Depressão Provinciana, com amigos de São Paulo. Neste ano, lançou o single “Funkisto”. 

Quem explica este novo trabalho é o jornalista e crítico musical Marcélo Ferla:

NOVO MUNDO NOVO...

... Atacados diariamente por vermes e vírus mutantes de todas as áreas, inclusive da saúde, neste caso invisíveis, subitamente mergulhamos todos numa onda comunitária reflexiva, paradoxal porque nasce no isolamento, e experimentamos uma sensação igualmente idiossincrática: é preciso repensar o planeta a partir de nós mesmos ... 

Sem se ater aos modismos, muito menos a ditar a moda – uma antítese do conceito Flu de fazer música –, novo mundo novo se antecipou a todos nós e ainda ganhou um little help do acaso geográfico: foi concebido durante os três anos em que Flu se isolou da vida urbana para morar em um sítio no interior do Rio Grande do Sul, e batizado a partir do nome do lugar, Linha Mundo Novo, uma coincidência mais do que oportuna.

Subitamente transformado em nosso cotidiano, o contexto que deu origem a novo mundo novo, ainda que de um isolamento sem origem compulsória, facilita sua compreensão: é uma obra que navega entre o revisionismo e a contemporaneidade, mais ou menos como assistir à reprise de um jogo de futebol do passado e logo depois bater um papo virtual com amigos reais utilizando a mais nova tecnologia – são prazeres distintos, mas sempre prazeres.

Intuitivo e potente em todas as suas camadas sonoras, otimista no formato e profundo no conteúdo, o álbum navega pelos estilos mais importantes de uma cultura pop musical que pode parecer coisa do passado na era da memética e dos bots, viciados em dar like. Mas continua absolutamente fundamental: tem funk, tem reggae, tem soul, tem rock pesado, tem bossa nova, tem disco tem ambient music, sempre processados pela habilidade de Flu para compor trilhas sonoras cotidianas e muito pessoais, mesclando brinquedinhos eletrônicos com a seriedade orgânica. O cartão-de-visitas apresenta de imediato ao ouvinte a viagem orgânico/digital que se segue, quando a reflexiva "Soli" termina para se encontrar com a abertura robótica de "A3002".

Da seara dos rótulos-e-referências-pra-facilitar-a-compra: "Porco" remete ao De Falla de Kingzobullshit, "Xuto" é um reggae recheado com rock pesado com tempero amalucado by Diego-Medina, "Sambito" é Milton Banana Trio via Les Johnsons, a heavy bossa nova "Jessica" é regravação dos Les Johnsons, "Oxiva" é linda e viajandona, "Funkisto" tem um delicioso clima de James Bond e "MiniMundo" tem co-autoria do saudoso Carlos Eduardo Miranda, o minimundo em carne, osso e espírito (mas rótulos e referências são coisas do mundo pré-Covid).

 

 

 

 

 

 


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