Maria Grazia Chiuri se torna a "prima donna" da Dior

Maria Grazia Chiuri se torna a "prima donna" da Dior

Designer será a primeira mulher a ocupar o cargo na casa de moda francesa

AFP

Designer será a primeira mulher a ocupar o cargo na casa de moda francesa

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Procedente da casa Valentino, a italiana Maria Grazia Chiuri foi nomeada nesta sexta-feira diretora artística da Dior, sucedendo o belga Simons Raf e tornando-se a primeira mulher a ocupar este cargo na casa de moda francesa. Esta nomeação é o último episódio da valsa de estilistas que também atingiu as casas Saint Laurent, Lanvin e Balenciaga.

Maria Grazia Chiuri, de 52 anos, nova "diretora artística das coleções de alta costura, de prêt-à-porter e acessórios femininos", vai apresentar sua primeira coleção durante a Semana de Moda de Paris em 30 de setembro, indica Dior em um comunicado. "É uma grande responsabilidade ser a primeira mulher a dirigir a criação de uma casa tão fortemente ligada à expressão da feminilidade", declarou Maria Grazia Chiuri, "muito honrada" com a nomeação. 

Valentino anunciou na quinta-feira a saída daquela que foi sua codiretora artística com Pierpaolo Piccioli por oito anos. A dupla foi responsável por um renascimento da griffe italiana, que agora mantém como o único diretor artístico Piccioli. "Sua visão da mulher, tanto sensual quanto poética, ressoa com a do Sr. Dior. Sua experiência em costura e sua grande paixão pelo trabalho artesanal vão poder se apoiar na experiência excepcional de nossos ateliers", afirmou o CEO da Christian Dior, Sidney Toledano, salientando a importância da presença de uma mulher na direção artística.

"Ela tem um olhar preciso sobre o desenvolvimento de um produto, que seja ele um vestido de alta costuma ou um par de sapatos, mas mais do que isso, ela tem um olhar sobre a mulher, ela tem dois filhos, observa os jovens, tem essa modernidade", afirmou.

Sexta a suceder Christian Dior, Maria Grazia Chiuri é a sexto a suceder o fundador da Christian Dior, após a Yves Saint Laurent, Marc Bohan, Gianfranco Ferré, John Galliano e Raf Simons. Desde a saída do estilista belga em outubro por "razões pessoais", o cargo foi assegurado de forma interina por um duo de estilistas suíços, Lucie Meier e Serge Ruffieux, que apresentaram sua mais recente coleção de alta costura na segunda-feira.

O CEO da LVMH, Bernard Arnault, saudou a nomeação, observando que "o talento de Maria Grazia Chiuri" era "enorme e reconhecido internacionalmente". A holding Christian Dior SA detém 40,9% do capital da gigante de luxo LVMH, e a família Arnault detém em contrapartida 70,8% de Christian Dior. Chiuri Dior chega num momento em que a casa está enfrentando uma desaceleração nas vendas: entre julho de 2015 e março 2016, Christian Dior Couture - a entidade que inclui todos os produtos, exceto perfumes e cosméticos Dior - viu seu volume de negócios aumentar apenas 3%.

Nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2016, o crescimento das vendas foi nulo, devido à diminuição dos fluxos turísticos na França e em alguns países asiáticos. "Toda a indústria foi afetada pelo que aconteceu no turismo, o impacto dos ataques terroristas, as flutuações cambiais, isso criou alguma instabilidade", comentou Sidney Toledano, recordando que "entre 2011 e 2015, houve um crescimento de 87%".

Nascida em fevereiro de 1964 em Roma, Maria Grazia Chiuri entrou no mundo da moda ainda criança, uma vez que sua mãe era costureira. Estudou no Instituto Europeo di Design, em Roma, como Pierpaolo Piccioli, com quem começou a trabalhar na Fendi em 1989.

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