"Mi Mundial" é um drama sobre um jovem craque do futebol
Longa uruguaio integra Mostra Competitiva do 46º Festival de Cinema de Gramado
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Este drama familiar, entretanto, não é um filme apenas sobre o esporte, mas também sobre todo o mercado que gira em torno dele. De família pobre, Tito joga em um clube de uma pequena cidade uruguaia, Nogales. "Tito poderia ser qualquer garoto de um país da América Latina", disse a produtora uruguaia do filme, Lucia Gaviglio, acreditando que esta é uma história que, apesar de se passar no Uruguai, tem semelhanças com a realidade de países vizinhos.
Quando um olheiro de um grande time faz uma oferta de emprego para o jovem como jogador com um alto salário, toda a família se muda para Montevidéu. As mudanças, porém, vão muito além de trocar de cidade. O filho, subitamente, se torna o provedor da família, afetando de maneira diferente os pais.
A mãe, Marisa, vivida por Veronica Perrota (Kikito de Melhor Atriz em 2016), fica um tanto deslumbrada com o dinheiro. O pai, Ruben (Nestor Guzzini), fica com o pé no chão. "O pai quer o filho passe de ano na escola, pois entende que o estudo pode lhe levar onde ele (o pai) não pôde chegar. Espera que Tito se torne mais preparado para a vida", disse Nestor. Mas um fato inesperado vai surpreender a todos, fazendo-os repensar sobre suas atitudes.
Esta é uma coprodução entre Uruguai, Brasil e Argentina. Da parte brasileira, a produtora envolvida é a gaúcha Panda Filmes. Tatiana Sager, da Panda Filmes, diz que as parcerias têm sido alternativas para a produção entre os países vizinhos e que a sua empresa já tem novos projetos engatilhados neste sentido.
A produtora da parte uruguaia, Lucia, conta que o longa-metragem já estreou em seu país, atingindo uma bilheteria de mais de 50 mil espectadores, o que é considerado bastante positivo para a sua realidade. "Ficamos satisfeitos em ter o retorno de que muitos jovens passaram a valorizar mais os estudos após assistir à película", comemora Lucia. A estreia no Brasil está prevista para dezembro de 2018.