Morre cineasta francês Jean-Pierre Mocky

Morre cineasta francês Jean-Pierre Mocky

Ao longo de sua carreira, diretor foi responsável por mais de 60 filmes

Correio do Povo

Causa da morte do cineasta não foi informada por sua família

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Um dos cineastas mais irreverentes do cinema francês, Jean-Pierre Mocky morreu nesta quinta-feira, anunciou sua família. Com mais de 60 filmes no currículo, incluindo “Os libertinos” e “O ladrão de milagres”, ele faleceu em sua residência. "Morreu em casa, esta tarde, às 15h", disse seu genro Jerome Pierrat; o filho do diretor, o comediante Stanislas Nord, confirmou a notícia, mas não revelou a causa do óbito. Mocky tinha 86 anos, completados no mês passado, apesar de haver um mistério em torno de sua idade.

Ele nasceu em Nice, em 06 de julho de 1933, de pais emigrados da Polônia. Contudo, algumas biografias indicam 1929 como a data de nascimento, por, conforme os cineastas, seu pai o envelheceu para permitir que ele viajasse sozinho. Quando criança, fez uma aparição em "Les Visiteurs du soir", de Marcel Carné, em 1942, filmado em parte nos estúdios Victorine. No pós-Segunda Guerra Mundial, teve atividade prolífica contida e papéis secundários no cinema francês dos anos 1950.

Seu primeiro filme deveria ter sido "La Tête contre les murs", em 1958, cuja narrativa foi adaptada de um romance de Hervé Bazin, ambientada em um asilo psiquiátrico, foi escrita por ele. Contudo, os produtores impuseram um diretor mais experiente, George Franju. Revoltado, Mocky reivindicou toda a sua vida um papel muito ativo em sua realização e o citou sistematicamente em sua filmografia.

Em 1959, ele assinou seu primeiro longa-metragem, de fato, "Les Dragueurs", contando a história de dois homens, interpretados por Jacques Charrier e Charles Aznavour, em busca de mulheres para seduzir nas ruas de Paris. Foi realizando comédias marcadas pelo selo do estranho e a sátira social, atacando as instituições, que ganhou fama: em "Snobs", de  1962, atacou a burguesia por meio da história de uma sucessão à frente de um laticínio industrial, em "Les Compagnons de la marguerite", imagina funcionários da prefeitura falsificando certidões de casamento para evitar o peso dos procedimentos de divórcios.

Também trabalhou na televisão, fazendo filmes, incluindo duas séries, de 2007 e 2013. Casado três vezes, desistiu de contar seus filhos. "Eu tenho 17 filhos conhecidos. Ou mais, as mulheres com as quais cruzei ao tempo em um fugaz corpo-a-corpo estão na casa das centenas", escreveu em um amargo livro de memórias, "Mocky soit qui mal y pense", de 2016.


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