Morre o ator gaúcho Mauro Soares

Morre o ator gaúcho Mauro Soares

Apuração inicial aponta morte por 'causas naturais'. O artista completaria 70 anos no próximo sábado, dia 26

Correio do Povo

Morre o ator Mauro Soares. O artista trabalhou em grandes obras ao longo de sua carreira

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O ator Mauro Soares faleceu nesta quinta-feira, às vésperas de completar 70 anos, que seria no próximo sábado, dia 26. Segundo fontes, a morte ocorreu por 'causas naturais'. O velório do corpo de Mauro Soares será realizado no Teatro de Arena (Altos da Borges de Medeiros, 848), das 8h às 11h da manhã desta sexta-feira. De lá, o corpo segue para o jazigo da família em um cemitério de Pelotas.  

Amigo de Mauro há 25 anos, o escritor, dramaturgo e crítico Luis Francisco Wasilewski mencionou que em 2020 ele se submeteu a uma cirurgia cardíaca para colocação de um stent e que o último contato pessoal ocorreu no último sábado. “Ele é uma parte significativa da minha vida. Com sua morte se vão os melhores momentos que eu vivi. Foi pra mim não só um grande amigo, eu adorava seu humor fino, ironia, como também assistimos muitas peças juntos. Vimos as últimas apresentações de Marília Pera e Bibi Ferreira em Porto Alegre”, relembra. Ao postar nas redes sociais a manifestação pela morte, a Sedac afirmou: “Para Mauro Soares, fazer teatro era cutucar: deixar a plateia sair da apresentação com alguma coisa pra pensar... que a memória dele e de seu incrível talento siga questionando, provocando e encantando a todos”.

Mauro Soares estreou no teatro em 1966, atuando na peça "Os Deuses Riem", em Pelotas, sob direção de J. R. Mendonça. Mudou-se em 1977 para Porto Alegre, onde continuou a carreira de ator. Entre seus trabalhos como ator destacam-se: "Os Dragões do 21º Dia" (1978), "O Evangelho Segundo Zebedeu" (1978), "A Lata de Lixo da História" (1979), "Esta É a Sua Vida" (1981) e "Doce Vampiro" (1982). Em 2000, atuou em "O Pagador de Promessas", com direção de Roberto Oliveira; em 2003, em "Homem não Chora", direção de Shirley Rosário; em 2004, voltou a atuar sob a direção de Luciano Alabarse, em "Antígona", recebendo o "Prêmio Açorianos de Melhor Ator Coadjuvante". Continuou a parceria em "Hamlet" (2006), "Medeia" (2007), "Édipo" (2008), "Platão 2 em 1" (2009), "Bodas de Sangue" (2010), "Inimigos de Classe" (2012), "Ifigênia em Áulis + Agamênon" (2013), "A Vertigem dos Animais Antes do Abate" (2014) e "Crime Woyzeck" (2015). Em 2017 celebrou 50 anos de carreira, em “Pai de Deus”, no Teatro de Arena. 

O artista teve sua trajetória contada no livro "A Luz no Protagonista", que registra depoimentos do ator e diretor - e de personalidades que trabalharam com ele - ao jornalista cultural Roger Lerina. O sexto volume da série "Gaúchos Em Cena", do festival "Porto Alegre Em Cena", teve sessão de autógrafos na noite de 17 de setembro de 2015, no saguão do Centro Municipal de Cultura Lupicínio Rodrigues e teve distribuição gratuita ao público.  


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