Museu Britânico restaurará antiguidades danificadas em explosão em Beirute

Museu Britânico restaurará antiguidades danificadas em explosão em Beirute

Uma vez restauradas, as peças serão exibidas no Museu Britânico, temporariamente, antes de serem devolvidas para Beirute

AFP

Embora o museu esteja situado a 3,2 quilômetros de distância do local da tragédia, a deflagração explodiu a vitrine, onde estavam 74 preciosos recipientes de vidro.

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O Museu Britânico de Londres vai restaurar oito antigos recipientes de vidro quebrados na explosão do porto de Beirute em 2020 - informou a instituição nesta terça-feira (27).

Os objetos serão temporariamente postos em exibição antes de seu retorno para o Líbano.

Remanescentes dos períodos romano, bizantino e islâmico, estas relíquias estavam expostas no Museu Arqueológico da Universidade Americana de Beirute (AUB), no momento da explosão de 4 de agosto de 2020. Foram mais de 200 mortos e 6.500 feridos.

Embora o museu esteja situado a 3,2 quilômetros de distância do local da tragédia, a deflagração explodiu a vitrine, onde estavam 74 preciosos recipientes de vidro, "de uma importância capital para contar como a tecnologia de sopro de vidro se desenvolveu no Líbano, no século I a.C.", detalha o Museu Britânico, em um comunicado.

Os objetos são "irreparáveis", com a exceção de 15 deles. Destes, oito podem ser transportados com segurança para o Museu Britânico, que dispõe das instalações e dos conhecimentos necessários para restaurá-los.

"Estes recipientes de vidro sobreviveram a várias catástrofes e conflitos nos últimos 2.000 anos, para depois terminarem destruídos na explosão no porto, em 2020", lamentou Jamie Fraser, do Museu Britânico.

Depois da explosão, a equipe arqueológica teve de separar cuidadosamente milhares de restos de vidro, misturados a fragmentos de vitrines e de janelas.

Esse "trabalho de quebra-cabeça" foi concluído em julho. Graças a ele, foi possível identificar cada fragmento e seu respectivo recipiente.

A equipe então avaliou quais peças estavam em condições se serem transportadas para Londres, onde centenas de estilhaços serão unidos nos laboratórios do Museu Britânico.

A restauração será uma tarefa "delicada", advertiu Sandra Smith, responsável pelo setor de conservação da instituição londrina.

"O vidro é um material muito difícil de reconstituir", explicou ela.

Uma vez restauradas, as peças serão exibidas no Museu Britânico, temporariamente, antes de serem devolvidas para Beirute.


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