Museu Histórico de Piratini irá receber acervo de quase mil peças de colecionador gaúcho

Museu Histórico de Piratini irá receber acervo de quase mil peças de colecionador gaúcho

Doação foi feita por empresário que reside em Natal, no Rio Grande do Norte

Correio do Povo

Previsão de exibição pública das peças é setembro de 2020

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O Museu Histórico Farroupilha de Piratini irá receber um acervo com quase mil peças de um colecionador gaúcho. A doação será feita por Volnir Júnior dos Santos, natural de São Francisco de Paula, que coleciona, há mais de 20 anos, artigos da saga farroupilha. 

"Tudo começou com o propósito espiritual e pessoal em aprender sobre a República Rio-Grandense. Em 11 de setembro de 2019, aos 183 anos da Proclamação da República Rio-Grandense, após um sonho com Miguel Arcanjo, decidi doar o acervo, ao invés de construir um museu em Gramado", contou Volnir. 

O Museu Histórico Farroupilha conta, atualmente, com cerca de 600 peças no seu acervo. Questionado sobre a escolha do museu que receberá a coleção, Volnir foi enfático: "O Museu Farrapo é a pedra fundamental da República Rio-Grandense para as futuras gerações."

Coleção

A coleção é composta por itens de valor museológico arquivístico e bibliográfico incalculável. "São centenas de livros de grande qualidade técnica, alguns deles raros e artefatos que variam de balas de canhão, armamento de época e outras raridades, como as moedas com a cunhagem da República Rio-Grandense e o passaporte que dava acesso à república farrapa durante o período da Revolução Farroupilha", citou Francieli Domingues, diretora do Museu. 

Ao ter conhecimento da possível doação, a secretária de Estado da cultura, Beatriz Araujo, manteve contatos com o empresário do ramo hoteleiro, que reside há 19 anos em Natal, no Rio Grande do Norte.

O gaúcho esperou até 11 de setembro – mesma data em que foi proclamada, em 1836, a República Rio-Grandense – para registrar em cartório e enviar o documento ratificando sua decisão. 

Beatriz e Francieli viajaram, em outubro, para conhecer o doador e o acervo. "Foi um momento de grande alegria e emoção, uma vez que estávamos diante de peças históricas de tamanha relevância, que mudariam para sempre o Museu Histórico Farroupilha de Piratini, bem como contribuiriam para aprofundar o conhecimento acerca da saga farrapa", recordou a secretaria.

Catalogação 

Antes de ser levado para Piratini, a coleção deve passar por catalogação e ser adicionado ao patrimônio do Estado. "O doador nos passou uma lista com a descrição dos materiais. Desta forma, pretendemos abrir uma caixa de cada vez, identificar cada item a partir da lista encaminhada, fotografar, numerar as peças e preencher uma planilha, já elaborada pelos técnicos da secretaria", disse Eduardo Hahn, assessor especial de Memória e Patrimônio da da Secretaria da Cultura (Sedac). 

"Após a catalogação, as peças serão devidamente acondicionadas, conforme as diretrizes dos conservadores e, novamente, encaixotadas para, posteriormente, serem encaminhadas ao Museu Farroupilha”, explicou Hahn.

Enquanto é feita a catalogação do acervo em Porto Alegre, serão realizadas melhorias físicas na reserva técnica do Museu. O acervo receberá o nome de "Coleção TcheVoni - perfil público do doador". A previsão de exibição pública das peças é setembro de 2020. 


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