Novo estudo diz que Leonardo Da Vinci sofreu lesão no nervo ulnar

Novo estudo diz que Leonardo Da Vinci sofreu lesão no nervo ulnar

Conclusão foi feita a partir de um retrato do artista atribuído ao pintor do século XVI Giovanni Ambrogio Figino

AFP

Aniversário de 500 anos de morte do artista é lembrado este ano

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Um estudo publicado em uma revista médica britânica afirma que Leonardo Da Vinci teve uma paralisia na mão direita até o fim da vida, o que acabou com sua carreira artística, por causa da lesão em um nervo.

No estudo publicado na sexta-feira no Journal of the Royal Society of Medecine, o cirurgião Davide Lazzeri e o neurologista Carlo Rossi, que atuam na Itália, atribuíram a paralisia a uma lesão no nervo ulnar (ou cubital). Isto impedia que Leonardo Da Vinci, cujo aniversário de 500 anos de morte é lembrado este ano, usasse a mão direita, embora pudesse continuar lecionando e desenhando com a esquerda.

Esta hipótese difere da corrente, segundo a qual esta paralisia teria ocorrido devido a um acidente vascular cerebral. Outras hipóteses evocam a doença de Dupuytren, que provoca contração dos dedos e deformidade da mão.

Ambos os médicos chegaram a esta conclusão estudando o retrato de Leonardo Da Vinci atribuído ao artista lombardo do século XVI Giovanni Ambrogio Figino. Esta obra mostra Da Vinci com o braço direito envolto pela roupa, como se fosse uma echarpe, de onde só se vê a mão direta com os dedos contraídos e virados para cima.

Para Lazzeri, citado em um resumo do estudo, "ao invés de mostrar um punho cerrado, típico de uma espasticidade muscular, consecutiva a um acidente vascular cerebral, este retrato sugere um diagnóstico alternativo, como uma paralisia cubital". Esta paralisia do nervo cubital seria a consequência de uma síncope provocada na parte superior de seu braço direito, sugere o médico especializado em cirurgia reparadora e estética.

Para os médicos, a paralisia não foi acompanhada de problemas cognitivos ou outros problemas motores, o que enfraquece a tese de um AVC. Segundo Lazzeri, "isto poderia explicar, portanto, porque deixou muitas obras inacabadas, entre elas a Mona Lisa, durante os últimos cinco anos de carreira, período em que continuou lecionando e desenhando".

Outro estudo, efetuado por pesquisadores do Museo degli Uffizi de Florença, e publicado há um mês, confirmou que Leonardo Da Vinci era capaz de escrever, desenhar e pintar com as duas mãos, segundo uma análise de sua obra mais antiga.


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