Opinião Produtora apresenta maior proposta de gestão do Araújo Vianna

Opinião Produtora apresenta maior proposta de gestão do Araújo Vianna

Caso não haja recursos, a produtora estará apta para gerenciar o espaço na cidade, além do Teatro de Câmara Túlio Piva

Correio do Povo

Empresa vencedora deverá investir em reformas no Teatro de Câmara e no Araújo Vianna

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A empresa 6 Pro Eventos Empresariais, administrada pela Opinião Produtora, apresentou o maior valor de outorga na abertura de envelopes do edital para concessão de uso parcial do Auditório Araújo Vianna e o Teatro de Câmara Túlio Piva, em Porto Alegre.

A proposta de R$ 6,1 milhões superou a Urbanes Empreendimentos, com R$ 5,1 milhões e, caso não haja recursos, a produtora estará apta para gerenciar os dois espaços culturais da cidade. A divulgação ocorreu nesta terça-feira na Secretaria da Fazenda. 

A concessão será válida pelos próximos dez anos a partir da assinatura do contrato, e a empresa vencedora deverá investir R$ 4,4 milhões em reformas no Teatro de Câmara e R$ 2,36 milhões no Araújo Vianna. 

Prazo para recorrer 

A Urbanes tem cinco dias úteis para recorrer, somados ao mesmo período para análise, por isso a Opinião ainda não pode ser considerada vencedora no processo de licitação.

Mas, a emoção estava estampada nos lábios trêmulos e nos olhos marejados do sócio-diretor da produtora, Rodrigo Vargas Machado. “Por ser um local histórico, o Araújo precisa de uma empresa com história. Se formos os concessionários, vamos trabalhar para o sucesso e a sua continuidade”, contou. 

Machado disse que o auditório era alvo de desejo da Opinião desde a outra licitação. “Trabalho com isso há 35 anos. Consideramos o Araújo Vianna a melhor casa da cidade. Teremos para atender todos tipos de artista e consumidor”, se emocionou. 

O concessionário ficará autorizado a explorar comercialmente os espaços, com exceção de eventos político-partidários, sindicais e cultos religiosos. No caso do Teatro Túlio Piva, o Município ficará com a preferência para utilização em 50% das datas. Um percentual de 20% da outorga deverá ser pago até o quinto dia após a assinatura do contrato, e os 80% restantes serão divididos em 120 meses.

Este valor será destinado ao Fundo Pró-Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre e convertido em ingressos para eventos a serem realizados nos bens públicos concedidos, a fim de destiná-los a atividades sociais de interesse público.

Dez anos de contrato

A empresa vencedora da concorrência poderá explorar o Araújo Vianna por dez anos, reservando 30 datas por ano para eventos realizados pela Prefeitura.

"O formato de busca de investimento para o Araújo Vianna é um caminho que será novamente adotado, mas agora com inovação. De 2007 para cá, ocorreram progressos no ordenamento jurídico e de modelagens diferentes de relacionamento e compreensão da relação entre máquina pública e setor privado. Estamos modernizando o formato de contrato e ampliando este conceito", disse o prefeito Nelson Marchezan Jr. 

Segundo o secretário municipal de Parcerias Estratégicas, Thiago Ribeiro, o avanço no processo licitatório do Araújo Vianna é de extrema importância.

"O dia de hoje representa a concretização de um contrato de concessão mais bem desenhado e com maiores potenciais de benefícios à população. E foi uma proposta de quase 50% acima do valor mínimo previsto. O exemplo mais imediato disso são a reforma e a abertura do Teatro de Câmara Túlio Piva, fechado desde 2014", salientou. 

Ao comemorar o andamento do processo, o secretário municipal de Cultura, Luciano Alabarse, frisou que o vencedor da licitação foi escolhido por via democrática, com respeito às leis. "Esperamos agora que se cumpram os prazos de recurso, para que se confirme a Opinião Produtora como vencedora e que ela realize uma bela gestão", afirmou.


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