Ospa apresenta estreia nacional da ópera “O Acordo Perfeito”
A distribuição de ingressos começa nesta quinta-feira, dia 23, para as apresentações presenciais neste sábado, dia 25, e domingo, dia 26, na Sala Sinfônica da orquestra
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A estreia nacional da ópera “O Acordo Perfeito”, de Adolphe Adam, considerada um dos maiores destaques da temporada 2021 da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), será neste sábado, dia 25, e domingo, dia 26, às 17h. Pela primeira vez desde a inauguração em 2018, a Sala Sinfônica da Casa da Ospa (Borges de Medeiros, 1.501) recebe uma ópera completa, com cenário e figurinos originais, além de iluminação especial e legendagem.
Com regência e direção musical de Evandro Matté, o espetáculo conta com os solistas Carla Domingues (soprano), Giovanni Tristacci (tenor) e Daniel Germano (baixo-barítono). O diretor cênico Flávio Leite adaptou o texto original para o português, trazendo a história do século XIX para os dias de hoje no Rio Grande do Sul.
Para cada uma das récitas, o limite de público será um pouco menos de 400 pessoas, cerca de 40% da lotação. O ingresso é 1kg de alimento não perecível com distribuição a partir de quinta-feira, dia 23. Haverá transmissão gratuita somente no domingo, às 17h, pelo canal da orquestra no YouTube. Acompanhe a disponibilidade de ingressos pelas redes sociais e pelo site da Ospa.
“O Acordo Perfeito” é uma ópera cômica do compositor francês Adolphe Adam (1803 – 1856), conhecido pelo balé “Giselle”. Originalmente foi batizada de “Le Toréador ou l'Accord parfait", com libreto de Thomas Sauvage, e fez um grande sucesso: após a estreia em 18 de maio de 1849, na Ópera Comique de Paris, onde permaneceu em cartaz por duas décadas.
A história apresenta um triângulo amoroso no qual a cantora lírica Coraline (Carla Domingues) abandonou a carreira de sucesso na França para casar com o fazendeiro Belflor (Daniel Germano), mas deixou para trás um amor, o flautista Tracolin (Giovanni Tristacci).
Leite reforça que a ópera é pouco executada no mundo, pois o papel da protagonista é de grande dificuldade técnica e interpretativa. “Essa ópera só se programa quando se tem uma excelente soprano de coloratura, e o maestro Evandro Matté convidou a gaúcha Carla Domingues, que possui toda a habilidade técnica para interpretar essa personagem”, detalha Leite.
Segundo Evandro Matté, a pandemia, que impõe elencos e estruturas reduzidos, também influenciou na escolha do espetáculo: “Buscamos um título que envolvesse poucos solistas, nenhum coro e estrutura de orquestra menor para que pudéssemos respeitar o distanciamento social. Ao mesmo tempo, estamos muito felizes por conseguir realizar, neste momento, uma ópera que será histórica por ser a primeira na Sala Sinfônica”.
Rodrigo Shalako criou o cenário, onde a orquestra dividirá o palco com os personagens. Tudo se passará na casa de Coraline e Belfor, que foi pensada para refletir o gosto dos personagens pelas artes visuais. O ambiente estará repleta de pinturas e esculturas assinadas por quatro artistas gaúchas: Mariza Carpes, Tina Felice, Michelle Bloedow e Mara Bellini. Os figurinos são assinados por Antônio Rabàdan, e a iluminação, por José Luis Fagundes (Kabelo).